BRASÍLIA — O governo avalia adiar, mais uma vez, a realização pelo IBGE do Censo Demográfico. A coleta de dados estava programada para este ano, foi adiada para 2021 e, agora, pode ser transferida para 2022.
O dinheiro destinado para a pesquisa, cerca de R$ 2,3 bilhões, deve ser direcionado para outros ministérios, especialmente para os militares. Como o GLOBO revelou nesta terça-feira, o governo decidiu ampliar em R$ 2,2 bilhões a estimativa do Orçamento do Ministério da Defesa para 2021.
Bolsonaro:'Está uma briga por Orçamento enorme'
Com isso, o Orçamento das Forças Armadas iria para R$ 110,1 bilhões, maior inclusive que os gastos previstos para o Ministério da Educação. A ampliação foi feita com aval do presidente Jair Bolsonaro.
O Censo Demográfico é feito a cada 10 anos e tem abrangência nacional. Pesquisadores do órgão visitam os domicílios pelo país para obter dados sobre as características dos moradores — nível de estudo, trabalho, entre outras informações.
Para adiar o Censo mais uma vez, o governo deve justificar questões sanitárias. Isso porque a coleta da pesquisa é domiciliar e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional.
Além disso, é preciso realizar o treinamento necessário para quem participa da coleta dos dados, o que pode não ser seguro de ser feito no primeiro semestre do ano que vem.
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