Após Kassab travar aliança, PSD lança candidato no Rio

BRASÍLIA — Dois dias após o deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ) se reunir com integrantes do PSL e do PTB para discutir uma aliança na disputa pela Prefeitura do Rio, o PSD, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, descartou a possibilidade e decidiu que a sigla terá candidatura própria na eleição, encabeçada por Leal. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, na convenção do partido.

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Nos bastidores, comenta-se que Kassab determinou a candidatura de Leal no Rio. A cidade é estratégica para o projeto nacional da legenda. Hoje, o partido integra o governo do presidente Jair Bolsonaro, com a indicação do ministro das Comunicações, Fábio Faria, além de cargos no segundo escalão, e recebeu bolsonaristas em vários estados após o Aliança pelo Brasil não sair do papel. Em São Paulo, o ex-vereador Andrea Matarazzo, candidato da sigla na capital paulista, pretende atrair o voto dos apoiadores do presidente.

No Rio, há nomes que ainda cobiçam o apoio do PSD e tentarão, mesmo após o anúncio da convenção, atrair a legenda para suas coligações, oferecendo a Leal o posto de vice na chapa. Tanto o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que tentará a reeleição, quanto o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), em busca de um novo mandato, já tiveram as candidaturas oficializadas, mas sem escolherem os vices.

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“Sei da responsabilidade e das dificuldades que tenho pela frente e, por isso mesmo, sei também que estou preparado para o desafio”, disse Leal nas redes sociais.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do GLOBO, o PSL apresentou a Paes três nomes para compor a chapa, nenhum deles parlamentar.

No sábado, Leal participou de uma reunião com dirigentes do PSL e do PTB. Os partidos se aproximaram de um acordo para uma chapa com o deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ) na cabeça e a ex-deputada Cristiane Brasil (PTB) no posto de vice. Após o encontro, o presidente do PSL no Rio, deputado federal Sargento Gurgel afirmou que o acerto estava “encaminhado”, mas faltava a anuência das executivas nacionais de PTB e PSD.

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Foi justamente na direção do PSD que a aliança, como planejada originalmente, travou. Com os acenos do PSL para Paes e a tentativa do ex-prefeito de atrair uma parcela do eleitorado de direita, não está descartada a hipótese de a chapa com Luiz Lima e Cristiane Brasil não sair do papel.

O projeto nacional do PSD inclui, além de Matarazzo, as reeleições de Alexandre Kalil (Belo Horizonte) e Marquinhos Trad (Campo Grande).

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