Brasil se aproxima de 160 mil mortes pela Covid-19, aponta consórcio da imprensa

RIO — O Brasil registrou neste sábado 340 novas mortes por Covid-19, segundo o boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, Estado de S. Paulo, UOL e Folha de S. Paulo. Foram notificados, ainda, 15.203 casos nas últimas 24 horas. Agora, o país totaliza 159.902 vítimas fatais pelo coronavírus e 5.534.731 infectados desde o início da pandemia e deve chegar a 160 mil óbitos no próximo domingo.

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O consórcio de veículos de imprensa reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até às 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

A média móvel de casos ficou, pelo quinto dia seguido, em tendência de alta. No entanto, o ritmo vai se aproximando da estagnação. Neste sábado, ela ficou em 21.930, com variação positiva de 11%. Na quarta-feira, era de 20%, que caiu para 18% no dia seguinte e para 16% na sexta-feira.

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A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes ou casos do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. Uma variação da média móvel entre 15% e -15% já significa estagnação dos números.

O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Já a média móvel de óbitos ficou em 425, com variação negativa de 12%. Esse é o décimo dia seguido com uma média móvel menor do que 500, o que não acontecia desde o início de maio. Isso siginifica que o país passou 167 dias perdendo, em média, mais de 500 brasileiros por dia para a Covid-19. No pico, chegou a mais de mil mortes diárias.

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Estudo detalha letalidade por idade

Um relatório do Imperial College de Londres concluiu que a probabilidade de morte por Covid-19 dobra a cada oito anos de idade. A progressão, observada através de uma modelagem que calcula a taxa de óbitos pelo número de infectados pelo novo coronavírus, reforça a periculosidade do patógeno e a vulnerabilidade de idosos.

O levantamento, que incluiu o Brasil, indica também que a taxa de mortalidade entre os que contraíram o Sars-CoV-2 é maior em países mais desenvolvidos. Isso se deve, principalmente, à maior expectativa de vida nestas nações, pontuam os autores.

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Em entrevista ao GLOBO, o autor principal do relatório, o epidemiologiista Nicholas Brazeau, afirma que o documento do Imperial College é a estimativa do índice de letalidade mais precisa publicada até o momento e sublinha que a progressão da letalidade reforça que a Covid-19 é uma doença bem mais alarmante do que outros vírus respiratórios.

Ministro internado

Um dia depois de informar que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, receberia alta em breve, a assessoria de imprensa do ministério divulgou neste sábado nota oficial para informar que o titular da pasta permanecerá internado no hospital DF Star, em Brasília. Pazuello, que testou positivo para Covid-19, foi submetido a uma avaliação neste sábado. Haverá nova avaliação no domingo.

Segundo a nota, o ministro “encontra-se bem, com quadro de saúde estável, e em processo de hidratação”. Ainda de acordo com a assessoria, “não houve necessidade de medidas de suporte como suplementação de oxigênio”.

Pazuello foi internado na sexta-feira. Exames indicaram um quadro de desidratação e o ministro permaneceu no hospital para receber soro. A previsão era de alta breve. Pazuello já tinha enfrentado um quadro de desidratação na semana passada, quando descobriu estar infectado pelo novo coronavírus. Ele anunciou ter contraído Covid-19 no último dia 21, há nove dias.

Além da desidratação, Pazuello relatou febre e dores de cabeça. Desde então, ele cumpria isolamento no hotel de trânsito dos oficiais no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Vacina em junho de 2021

O Brasil espera ter uma vacina contra a Covid-19, aprovada e pronta para uso em um programa nacional de imunização, até junho de 2021, disse nesta quinta-feira o chefe da Anvisa, Antônio Barra Torres.

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Com um dos piores surtos de coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia, o Brasil se tornou um campo de testes chave para vacinas e aprovou testes clínicos em estágio final para quatro possíveis imunizantes que estão em desenvolvimento.

Eles estão sendo pesquisados pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca; pela Sinovac Biotech; pela Pfizer Inc em parceria com a BioNTech; e pela subsidiária farmacêutica da Johnson & Johnson, a Janssen.

Torres disse à Reuters que a Anvisa ainda não decidiu sobre a eficácia mínima a exigir, mas lembrou que a agência já aprovou vacinas para outras doenças, no passado, com menos de 50% de eficácia. Essa taxa é o percentual de pessoas que, tomando o imunizante, ficaria de fato protegido da doença.

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