BRASÍLIA — Uma das vítimas do atentado terrorista na Basílica de Notre-Dame, no centro de Nice, nesta quinta-feira era a brasileira Simone Barreto Silva, nascida em Salvador, informou o Itamaraty. Segundo o governo francês, ela tinha 44 anos.
Simone foi ferida a faca e morreu num restaurante quase em frente à catedral, onde se refugiu após ser ferida, informou a RFI. Ela estava na França há cerca de 30 anos e deixou três filhos.
Brahim Jelloule, um dos donos do restaurante l’Unik, falou à TV France Info do socorro prestado à vítima:
— Ela atravessou a rua, toda ensanguentada, e meu irmão e um dos nossos funcionários a resgataram, a colocaram no interior do restaurante, sem entender nada. Ela dizia que havia um homem armado dentro da igreja — disse.
O atentado ocorreu às 9h da França (6h da manhã em Brasília).
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O governo brasileiro lançou uma nota em que "deplora e condena veementemente o atroz atentado" a Simone e também afirmou repudiar "toda e qualquer forma de terrorismo, independentemente de sua motivação". O Itamaraty disse estar prestando assistência à família da vítima.
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Simone Barreto Silva nasceu no Lobato, na Cidade Baixa de Salvador, tinha formação de cozinheira e atualmente trabalhava como cuidadora de idosos, informou a RFI. Ela tinha nacionalidade francesa.
Segundo membros da Ala Mulheres na Resistência da Lavagem da Madeleine, evento cultural brasileiro que acontece há 19 anos em Paris, Simone e suas irmãs “participaram da Ala em 2019 e não vieram este ano por causa da Covid-19”. Ela teria ido a Paris em 2019 com uma filha ainda bebê.
A RFI também informou que Simone era agitadora cultural em Nice e teria organizado, com suas irmãs e primas, a Festa de Iemanjá de Nice.
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Segundo os investigadores da Procuradoria Antiterrorismo, o agressor — depois identificado como Brahim Aouissaoui, um jovem de 21 anos de nacionalidade tunisiana — foi baleado por policiais ainda dentro da igreja e levado para um hospital, onde está sob custódia em estado grave. De acordo com o prefeito da cidade, Christian Estrosi, ele gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande) diversas vezes antes de ser preso.
O ataque levou a França a elevar o estado de alerta a seu nível máximo. O presidente Emmanuel Macron anunciou novas medidas antiterror, com o deslocamento de milhares de soldados para aumentar a segurança de centros religiosos e escolas pelo país. Macron, que expressou seu apoio à comunidade católica, viajou para Nice horas após o ato criminoso.
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