LOS ANGELES — A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), aprovou nesta quinta-feira a autorização para o uso do medicamento antiviral remdesivir, da farmacêutica Gilead Sciences Inc's, no tratamento da Covid-19, tornando-o o primeiro e único remédio aprovado para a doença no país.
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O remdesivir, administrado de maneira intravenosa, foi uma das substâncias utilizadas no tratamento do presidente norte-americano, Donald Trump, contra a Covid-19.
O medicamento está disponível para tratamento com uma autorização de uso emergencial da FDA desde maio, após um estudo liderado pelos Instituto Nacional de Saúde mostrar que ele ajudava a reduzir o tempo de internação em cinco dias.
Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na semana passada que seus estudos globais de tratamentos para a Covid-19 concluíram que o remdesivir não apresentou um efeito substancial na redução do tempo de pacientes no hospital ou em suas chances de sobrevivência. O estudo ainda não foi revisado por especialistas externos.
A Gilead questiona o potencial de viés no estudo da OMS, que não foi "duplo-cego", o que significa que os participantes e seus médicos estavam cientes de quais medicamentos estavam sendo utilizados.
O remdesivir, que será vendido com a marca Veklury nos EUA, custa US$ 3.120 por um tratamento de cinco dias, ou US$ 2.340 para compradores governamentais como o Departamento de Assuntos ligados a Veteranos. As ações da Gilead subiram 4,3% na bolsa de valores, chegando a US$ 63,30.
A Gilead disse que está atendendo à demanda pela droga nos Estados Unidos e prevê atender à demanda global até o final de outubro. A empresa disse que a Veklury tem aprovações regulatórias ou autorizações temporárias em cerca de outros 50 países.
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Também nesta quinta-feira, o FDA emitiu uma nova autorização de uso de emergência para remdesivir em tratamentos de pacientes pediátricos hospitalizados com menos de 12 anos que pesam o suficiente para receber um medicamento intravenoso.
Gilead disse que ainda está trabalhando para compreender todo o potencial do remdesivir, em diferentes contextos e como parte das abordagens de terapia combinada. A empresa também está desenvolvendo uma versão inalada da droga que pode ser usada fora do ambiente hospitalar, se aprovada.
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