Salles estica permanência em Fernando de Noronha e perde direito a voo da FAB

BRASÍLIA — Após esticar a permanência em Fernando de Noronha, onde deve ficar até domingo, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deve retornar a Brasília de voo comercial. Na última quarta-feira, Salles embarcou às 7h10 da manhã em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), com outros 11 tripulantes para a ilha, onde participou de compromissos oficiais até sexta. No avião estavam também o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio, e o secretário de Pesca, Jorge Seif.

No arquipélago, Salles assinou o termo de concessão do Mirante do Boldró, um imóvel federal que vai ser explorado pela iniciativa privada. O mirante faz parte do complexo do antigo Hotel Esmeralda e está fechado há mais de 20 anos. A área tem cerca de 500 metros.

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— Assinei a permissão de uso desse espaço tão privilegiado da ilha, que estava abandonado há tanto tempo. É um bom investimento do turismo, que gera emprego e renda”, declarou Ricardo Salles, ao fazer um discurso na solenidade. Ele não quis conceder entrevistas no primeiro dia de visitas.

Interlocutores de Jair Bolsonaro lembram que o presidente não admite uso indevido da aeronave das Forças Armadas para locomoção de seus subordinados. Em janeiro, Bolsonaro demitiu o secretário executivo da Casa Civil, José Vicente Santini, após ele viajar à Índia com uma aeronave da FAB. Nove meses depois, em setembro, porém, Santini voltou ao governo para trabalhar como assessor especial de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente.

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O ministro do Meio Ambiente admite que deve permanecer em Noronha até domingo e alega que arcará com os custos extras, como retorno e hospedagem para passar o final de semana na ilha.

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