Média móvel de 651 mortes por Covid-19 no Brasil é a maior em 68 dias, mostra boletim de consórcio de veículos de imprensa

RIO — O Brasil está próximo de chegar à marca de 7 milhões de casos de Covid-19. Nesta segunda foram registrados 27.419 diagnósticos positivos para o novo coronavírus, elevando para 6.929.409 o total de infectados pelo Sars-CoV-2 no país. Foram notificados também 526 mortes, totalizando 181.945 vidas perdidas para a doença. A média móvel de mortes ficou em 651, a mais alta desde 7 de outubro.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Segundo os dados do boletim, 36% das mortes e 34% dos novos casos foram registrados na região Sul do país. O Sudeste, que normalmente apresenta os maiores índices, foi o responsável por 19% dos óbitos e 24% dos diagnósticos positivos.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Anvisa coloca prazo de 10 dias para autorização emergencial de uso da vacina contra Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fixou um para decidir sobre a autorização emergencial do uso de vacinas contra Covid-19. A agência afirma que para o cumprimento do prazo é necessário que as empresas solicitantes tenham apresentados todos os documentos necessários à análise.

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Além disso, é necessário que essas vacinas tenham ensaios clínicos em andamento no Brasil. Atualmente, há quatro vacinas com esse perfil: a da Pfizer, a vacina de Oxford, a Coronavac e a da Janssen. Até o momento, nenhuma empresa submeteu à agência um pedido de autorização emergencial.

Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Anvisa defende a importância de que o imunizante seja autorizado por ela e não apenas liberado com base na decisão de outra agência do exterior.

Nesta segunda-feira, foi adiada a data prevista para que o Instituto Butantan entregue à Anvisa os resultados finais dos testes da CoronaVac. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim.

Os documentos que seriam entregues nesta terça-feira, dia 15, chegarão aos mãos de técncos da Anvisa apenas em 23 de dezembro, quando haverá uma reunião já marcada entre o Butantan e a agência.

De acordo com o governador de São Paulo, João Dória, o adiamento foi estratégico e será "pelo bem, não pelo mal". O documento sobre a CoronaVac chegará à Anvisa no mesmo dia em sua fabricante chinesa, a Sinovac, também vai entregar os resultados de eficácia da vacina às autoridades do país asiático.

— Adiou uma semana exatamente para melhorar os aspectos de análise da eficácia da vacina. O adiamento de uma semana é pelo bem, não pelo mal. Não é pelo risco, mas pela vantagem — disse o governador, em entrevista à Rádio CBN.

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