BB na mira de Bolsonaro: entenda a crise que pode derrubar o presidente do banco

BRASÍLIA - A decisão do Banco do Brasil de fechar agências em todo o país e abrir um programa de demissão voluntária para cortar custos da empresa estatal não agradou o presidente Jair Bolsonaro. Segundo fontes, ele se queixa de não ter sido informado sobre as medidas, aprovadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

BB: Bolsonaro deve trocar comando

Bolsonaro teria recebido queixas de prefeitos sobre o fechamento de agências em suas cidades, o que teria evidenciado mais uma vez o descompasso entre uma agenda econômica liberal - que inclui gestão profissionalizada e privatização de estatais - e a articulação política do presidente.

Cada vez mais próximo do centrão, ele trabalha pela eleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados. Esse descompasso, no entanto, vem de longe.

Confira abaixo a cronologia de mais esta crise:

Rubem Novaes deixa o cargo

  • Presidente do BB desde o início do governo, Rubem Novaes
  • André Brandão assume presidência

  • Ex-executivo do HSBC, André Brandão é indicado em agosto e
  • Saída da Ford: Montadoras rebatem Bolsonaro: 'Não queremos subsídio, mas competitividade'

    Ações do novo presidente começam a irritar governo

  • Em novembro, o
  • Demissões e fechamento de agências

  • Na última segunda, BB anunciou ações para enxugar o banco que incluem um plano de demissão voluntário e fechamento de 361 unidades, incluindo agências.
  • O que vai acontecer com carros da Ford? Veículo deve perder valor, mas estoques da marca podem ter descontos

    Bolsonaro decide demitir executivo

  • Plano de demissões e fechamento de agências irrita presidente Jair Bolsonaro, que decide demitir Brandão. Equipe econômica teme efeito no mercado.
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