Brasil ultrapassa marca de 206 mil mortes por Covid-19, indica boletim da imprensa

RIO — O Brasil registrou 61.966 novos casos e 1.283 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas. Agora, o país conta com 8.257.459 ocorrências e 206.009 óbitos notificados desde o início da pandemia, segundo boletim do consórcio de imprensa.

A iniciativa é formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em um boletim divulgado às 20h.

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A média móvel de casos, também medida pelo levantamento, foi de 54.703, um avanço de 52% em relação a 14 dias atrás. Este é o sexto dia consecutivo em que a média móvel de casos é superior a 50 mil.

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O índice chegou ao seu nível recorde desde o início da pandemia na última terça-feira (12), quando chegou a marca de 54.784.

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A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 995, um avanço de 41% em relação a 14 dias atrás.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou esta terça-feira que a vacinação no país começa em janeiro. O governo federal irá enviar um avião à Índia para buscar 2 milhões de doses prontas da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), que serão entregues pelo Instituto Serum, uma das fabricantes do imunizante. No Brasil, o imunizante será produzido pela Fiocruz.

A pasta propôs a realização de um evento na próxima terça-feira, no Palácio do Planalto, para marcar o início da vacinação contra a Covid-19 pelo governo federal, mas a solenidade ainda não foi confirmada.

A outra aposta do governo federal é a vacina CoronaVac, produzida pela fabricante chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta quarta-feira a eficácia de 50,38% da CoronaVac, divulgada na terça-feira pelo governo de São Paulo.

Bolsonaro disse que a "verdade" está aparecendo, sem especificar a que se referia, mas repetiu que o governo comprará qualquer vacina que tenha o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério de Saúde já assinou um contrato para comprar 46 milhões de doses da CoronaVac.

Outra vacina pode entrar em breve no horizonte: o Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), responsável pelo financiamento do desenvolvimento da vacina russa contra Covid-19 Sputnik V, anunciou nesta quarta-feira que entrará nesta semana com um pedido de uso emergencial do imunizante no Brasil com a União Química, farmacêutica com a qual firmou um acordo de produção. O fundo e a companhia preveem a entrega de 10 milhões de doses da Sputnik V ao Brasil no primeiro trimestre deste ano e prometem a primeira leva já em janeiro.

Acusação de sabotagem

Um relatório divulgado esta terça-feira pela ONG Human Rights Watch acusou Bolsonaro de sabotar medidas para conter Covid-19, o que teria feito em declarações que minimizavam a doença, chamando-a de gripezinha, até a tentativa de impedir os estados de imporem o isolamento social, passando pela troca de seus ministros da Saúde. No entanto, segundo a organização internacional, os esforços do presidente foram frustrados pelas demais instituições brasileiras.

O governo federal também passa desgastes pela decisão de manter a realização do Enem no próximo domingo, mesmo diante da expansão da pandemia. Secretários estaduais de Saúde pedem ao ministro da Educação que a prova seja adiada.

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"Apesar dos jovens terem menor risco de desenvolver formas graves e tampouco estar prevista a vacinação da população com menos de 18 anos, o aumento da circulação do vírus nesta população pode ocasionar um aumento da transmissão nos grupos mais vulneráveis", diz ofício do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) dirigido ao ministro da Educação, Milton Ribeiro.

A Prefeitura de Manaus decidiu não liberar as escolas municipais para a realização do exame. O motivo é o alto número de casos, hospitalizações e mortes por Covid-19 na cidade.

— Prefiro arcar com o ônus de tomar a decisão de não fazer a prova do que ter a culpa de ter liberado para pessoas se algomerarem, serem infectadas e irem a óbito. Essa culpa não carregarei — diz Pauderney Avelino, secretário de Educação.







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