BRASÍLIA — O laboratório brasileiro União Química protocolou nesta sexta-feira na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido para uso emergencial no Brasil de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. De acordo com a empresa, todas as doses devem estar disponíveis ainda no primeiro trimestre deste ano.
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A União Química também informou que a Sputnik V será produzida no Brasil nas fábricas de Brasília e Guarulhos. A vacina tem origem russa e o pedido da empresa brasileira foi feito em conjunto com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).
“A União Química entende que com o avanço da pandemia no Brasil e no mundo, todos os esforços, seja do setor público ou do setor privado, deverão ser empenhados de forma a combater a pandemia da Covid -19, inclusive com ações extraordinárias e excepcionais em razão da urgência e relevância que o momento exige.” — disse a empresa em nota.
A vacina apresentou 91,4% de eficácia contra o novo coronavírus na última etapa de testes, segundo a Rússia. Os dados da fase 3 ainda não foram revisados por pares. Mas, ainda de acordo com autoridades russas, mais de 1,5 milhão de pessoas já foram imunizados com a Sputnik V no mundo.
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No início da semana, o laboratório anunciou que ia começar a produção da vacina já nesta sexta-feira, mas apenas para a exportação. Alguns dos destinos seriam países que já autorizaram o uso emergencial do imunizante, como a Argentina e a Bolívia.
Outras vacinas
O pedido de autorização de uso da Sputnik V acontece em meio a problemas na entrega de 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. O avião que iria buscar os imunizantes comprados pela Fiocruz na Índia deveria ter partido na quinta-feira, mas ainda não deixou o solo brasileiro.
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De acordo com o presidente Jair Bolsonaro, estava tudo acertado, mas a Índia está começando a vacinação no país e resolveram "atrasar um ou dois dias" a entrega das doses.
Depois dessa situação, o Ministério da Saúde decidiu pedir a "entrega imediata" de 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pela Sinovac em conjunto com o Instituto Butantan e já adquirida pelo governo federal.
O Instituto respondeu questionando a quantidade de doses ficariam em São Paulo por fazer parte do rateio que cabe a cada estado no Plano Nacional de Imunização. Essa informação ainda não foi divulgada.
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