SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nos bairros mais ricos de São Paulo, a prevalência de pessoas que se infectaram com coronavírus triplicou nos últimos três meses.
O último inquérito sorológico feito no município indicou que 11,9% dos moradores dessa região tinham anticorpos para o Sars-Cov-2. Em outubro, etapa anterior do inquérito, a prevalência era de 4,6%.
Os dados foram divulgados nesta quinta (14) pela Prefeitura de São Paulo, durante anúncio da autorização da reabertura das escolas na cidade.
Segundo o secretário de Saúde, Edson Aparecido, o aumento do número de infectados deve ser ainda maior atualmente, após as festas de fim de ano.
"Na última fase do inquérito, nós já havíamos apontado que havia um crescimento muito acelerado na região de IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] alto, o que veio a se confirmar agora e que vai se agravar com os acontecimentos que vimos no mês de dezembro", disse Aparecido.
O inquérito atual foi feito entre 5 e 7 de janeiro com 1.960 pessoas. A próxima fase do estudo será feita a partir de 19 de janeiro e, segundo o secretário, deve ter resultados mais precisos sobre os efeitos das festas de fim de ano.
Nesta etapa, houve aumento expressivo de indivíduos com resultados positivos na região centro-oeste da cidade, cuja incidência passou de 5,5% para 8,1%. E na zona leste, que passou de 11,7% para 19,4%. Na região sudeste também houve aumento, de 10,3% para 12,4%.
Na região norte da cidade foi registrada queda na taxa de incidência, de 13,8% para 10,9%. Na zona sul também houve redução, de 19,8% para 16,4%.
"O principal alerta desse inquérito é de que, se o restante da cidade tivesse a mesma velocidade de aumento da prevalência da região de IDH alto, nós estaríamos com um quadro de saúde muito mais agravado do que o atual."
O inquérito também identificou que a maior taxa de prevalência do vírus por faixa etária está nas pessoas com idade de 35 a 49 anos, de 19%.
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