Para estar em sintonia com as pautas da ordem do dia e com as mudanças que movem o mundo, o Museu do Amanhã vive em constante atualização. Em março, quando a pandemia do novo coronavírus completava um ano, a instituição da Praça Mauá inaugurou “Coronaceno”, uma exposição interativa que refaz a trajetória da Covid-19 e põe luz nos impactos que a doença causou no mundo e na Humanidade.
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Agora, de olho no futuro pós-pandêmico e nas demandas sociais e ambientais de um mundo fragilizado, o museu anuncia a criação de uma comissão curatorial formada por três profissionais de áreas distintas: Luana Génot, diretora executiva do Instituto Identidades do Brasil, Sergio Besserman Vianna, economista especializado em sustentabilidade, e Alexandre Fernandes, fundador da Museum of Tomorrow International Foundation e curador de Inovação do Museu do Amanhã. Eles serão responsáveis por pensar o conteúdo do espaço a partir do lema “Co-habitar o mundo de outras formas”, defendendo as bandeiras da convivência, sustentabilidade e inovação.
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— A gente entende que esse momento de retomada da pandemia é uma oportunidade para provocarmos uma reflexão nos visitantes sobre os conceitos que vão pautar pelo menos essa década. Estamos entrando na década da regeneração — diz Alexandre Fernandes.
Um dos projetos que deve chamar mais atenção é uma exposição “viva” que vai colorir de verde a paisagem: 12 mil árvores de 140 espécies nativas da Mata Atlântica serão plantadas na área externa do museu. E, o que é melhor, ficarão ali de vez.
—Nesse movimento global de reflorestar cidades, estamos fazendo uma parceria com organizações brasileiras e suíças para plantar um pedaço de Mata Atlântica na Praça Mauá. Vamos trabalhar com a comunidade local para buscar novas formas de produzir alimento. Vai ter um espaço dedicado à agrofloresta também — adianta Fernandes.
A natureza também invade o espaço interno do museu. Um das mostras planejadas para o segundo semestre, após o término de “Coronaceno” (em cartaz até 27 de junho), é “Amazônia”, que terá como foco a importância da floresta. Outra exposição já em planejamento é “Futuros urbanos”, uma experiência imersiva no tema mobilidade e em novas formas de convivência no futuro.
Luana Génot compara a nova comissão curatorial a um ecossistema, e reforça a essência questionadora do Museu do Amanhã.
—Quando o museu se propõe a instigar mais essas questões na população, a comunidade se sente mais convidada a fazer parte dessa reconstrução de novas formas de habitar o mundo. Somos eixos, não nos fechamos nas nossas casinhas — diz.
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