Eurocopa: Na prorrogação, Itália sofre, mas despacha Áustria e segue viva na luta pelo título

Sensação da Eurocopa, a Itália sofreu mais do que o previsto, mas conseguiu despachar a Áustria, por 2 a 1 na prorrogação, nas oitavas de final, neste sábado, em Wembley. Os italianos chegaram a 31 jogos de invencibilidade e continuam firmes na busca pelo título. Agora, espera o vencedor do confronto entre Bélgica x Portugal para saber o adversário nas quartas de final.

As propostas de jogo das duas seleções estavam bem claras em campo desde que a bola rolou. O jogo ofensivo italiano sufocou a Áustria, com até cinco jogadores no ataque. Só no primeiro tempo, foram 12 finalizações e duas boas defesas do goleiro austríaco Bachmann. Os austríacos, no entanto, souberam segurar o ímpeto da Itália com uma boa linha de marcação. Uma bola de contra-ataque era tudo que eles precisavam, mas lhe faltavam maior apuro técnico.

Manter a intensidade cobra um preço físico, e a Itália precisou tirar o pé em alguns momentos. Foi aí que a Áustria conseguiu equilibrar a partida, pensar mais ofensivamente e teve algumas oportunidades desperdiçadas. Além de um gol anulado em impedimento de Arnautovic, aos 20 minutos do segundo tempo. Sair no placar naquele momento do jogo daria uma grande vantagem emocional.

Mancini mexeu no meio-campo italiano para retomar o domínio da partida depois de alguns minutos de instabilidade. Mas o que ficou foi o equilíbrio das ações, e com uma Áustria feliz em levar o jogo para a prorrogação.

No tempo extra, a Itália conseguiu quebrar um tabu: fazer um gol em prorrogação da Euro. Veio logo no início do primeiro tempo da prorrogação com Chiesa. Ele recebeu bola longa da esquerda, dominou, ajeitou e concluiu sem chances de defesa para o goleiro. No fim da etapa, a seleção italiana praticamente matou o jogo com Pessina, em chute cruzado dentro da área. A Áustria descontou de cabeça com o grandalhão de 2m de altura, Kalajdzic. Mas foi apenas o último suspiro austríaco.

Nas quartas de final, venha quem vier, os italianos não terão vida fácil. Ou serão os atuais campeões europeus comandados por um faminto Cristiano Ronaldo ou a talentosa seleção belga, liderada pelo jogo refinado de Kevin de Bruyne e pela velocidade e força de Lukaku.

No retrospecto histórico, Portugal leva a melhor. São 18 partidas, seis vitórias, sete empates e cinco derrotas. A última derrota para os belgas aconteceu em 1989.

A Bélgica é muito compacta; eles mostraram isso na fase de grupos, mas nós tentaremos impor nosso jogo e nossas forças sobre eles, e aproveitar as falhas eventuais. De Bruyne não é o único homem perigoso, mas se ele tem espaço é ainda mais perigoso – afirma o meio-campo João Moutinho.

Porém, a Bélgica conta com um time cheio de talentos e competitiva pronta para parar não apenas Cristiano Ronaldo.

Qual a melhor forma de parar Ronaldo? Como um time. Essa tem sido a nossa força. Eu sei que a imprensa concentra a atenção no Cristiano, mas eles têm muitas qualidades. Nós não deveríamos subestimar Bernardo Silva e Diogo Jota. Eles têm muitos jogadores que podem marcar um gol do nada. Nós, certamente, não os subestimamos – diz o defensor belga Toby Alderweireld.


  • Data e horário: 27/06/2021, às 16h (de Brasília)
  • Local: La Cartuja, em Sevilha (ESP)
  • Árbitro: Felix Brych (ALE)
  • Assistentes: Mark Borsch (ALE) e Stefan Lupp (ALE)
  • Transmissão: SporTV

BÉLGICA (Técnico: Roberto Martínez): Courtois; Alderweireld, Vermaelen, Vertonghen; Meunier, De Bruyne, Witsel, T. Hazard; Carrasco, Lukaku, E. Hazard.

PORTUGAL (Técnico: Fernando Santos): Rui Patrício; Nélson Semedo, Rúben Dias, Pepe, Guerreiro; Palhinha, Renato Sanches, João Moutinho; Bernardo Silva, Ronaldo, Diogo Jota.

Ainda mais unida desde o mal súbito do meia Christian Eriksen, que visitou os companheiros nessa semana, a Dinamarca ganha força a cada partida. Neste sábado, foi a vez de o País de Gales sucumbir diante dos dinamarqueses, em Amsterdã, por 4 a 0, que, de quebra, comemoraram o aniversário de 29 anos do único título europeu, em 1992.

A seleção comandada por Gareth Bale até parecia fazer frente à competitividade dinamarquesa. Foi dele o lance de maior perigo na primeira metade da etapa inicial. A Dinamarca, no entanto, mudou sua estratégia a tempo e diminuiu os espaços ao adversário.

Já dona das ações na partida, a seleção dinamarquesa confirmou a superioridade aos 26 minutos. Numa boa trama, Dolberg chutou cruzado de fora da área e abriu o placar. País de Gales não impôs muitas dificuldades depois disso e praticamente desistiu da partida no início do segundo tempo. Em menos de três minutos, Dolberg fez o segundo ao aproveitar rebote na área. Já nos minutos finais do jogo, Mahele fez o terceiro e Braithwaite, o quarto, nos acréscimos. Com a goleada, a Dinamarca tem o melhor ataque da competição com nove gols.

Bale, aos 31 anos, mostrou toda a frustração pela eliminação depois de ter sido semifinalista em 2016. O galês largou a entrevista em campo após ser questionado se iria se aposentar da seleção.

Depois de golear País de Gales com propriedade, a Dinamarca também conhecerá o adversário neste domingo. Sairá do vencedor do confronto entre Holanda x República Tcheca, às 13h. Os holandeses são favoritos na partida após a primeira fase 100%.

–Eu sei que (a República Tcheca) é muito intensa. Eu não jogo contra eles há um tempo. Acho que 2015 foi a última vez. Mas eles nunca foram um time fácil de jogar. Então sabemos que vai ser difícil. Temos que dar 100% se quisermos vencer. Estamos planejando fazer isso, mas certamente não será um mar de rosas – disse o atacante Depay.

  • Data e horário: 27/06/2021, às 13h (de Brasília)
  • Local: Arena Puskas, em Budapeste (HUN)
  • Árbitro: Sergei Karasev (RUS)
  • Assistentes: Igor Demeshko (RUS) e Maksim Gavrilin (RUS)
  • Transmissão: SporTV

HOLANDA (Técnico: Frank de Boer): Stekelenburg; Dumfries, De Ligt, De Vrij, Blind, Van Aanholt; De Jong, De Roon, Wijnaldum; Depay, Malen.

REPÚBLICA TCHECA (Técnico: Jaroslav Šilhavý): Vaclík; Coufal, Čelůstka, Kalas, Kadeřábek; Souček, Holeš; Masopust, Barák, Jankto; Schick.

Confira o calendário:

  • País de Gales 0 x 4 Dinamarca - 26 de junho, às 13h (de Brasília)
  • Itália 2x1 Áustria - 26 de junho, às 16h (de Brasília)
  • Holanda x República Tcheca - 27 de junho, às 13h (de Brasília)
  • Bélgica x Portugal - 27 de junho, às 16h (de Brasília)
  • Croácia x Espanha - 28 de junho, às 13h (de Brasília)
  • França x Suíça - 28 de junho, às 16h (de Brasília)
  • Inglaterra x Alemanha - 29 de junho, às 13h (de Brasília)
  • Suécia x Ucrânia - 29 de junho, às 16h (de Brasília)

Veja o chaveamento até a final da Eurocopa

Oitavas de final

  • O1: Bélgica x Portugal
  • O2: Itália x Áustria
  • O3: França x Suíça
  • O4: Croácia x Espanha
  • O5: Suécia x Ucrânia
  • O6: Inglaterra x Alemanha
  • O7: Holanda x República Tcheca
  • O8: País de Gales x Dinamarca

Quartas de final:

  • Q1: vencedor O1 x Itália (jogo em Munique, 2 de julho)
  • Q2: vencedor O3 x vencedor O4 (jogo em São Petesburgo, 2 de julho)
  • Q3: vencedor O5 x vencedor O6 (jogo em Roma, 3 de julho)
  • Q4: vencedor O7 x Dinamarca O8 (jogo em Baku, 3 de julho)

Semifinais:

  • S1: vencedor Q1 x vencedor Q2 (jogo em Londres, 6 de julho)
  • S2: vencedor Q3 x vencedor Q4 (jogo em Londres, 7 de julho)

Final:

  • F: vencedor S1 x vencedor S2 (jogo em Londres, 11 de julho)

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