BRASÍLIA — No momento em que o presidente Jair Bolsonaro defende o fim do uso de máscaras para pessoas que tiveram Covid-19 ou foram vacinadas e ainda continua a promover aglomerações, como o evento com motociclistas nesta sábado, em São Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que sua pasta detectou uma "tendência pequena de aumento" de óbitos. O ministro citou como exemplos de estados que mais preocupam o Mato Grosso do Sul e o Tocantins.
Coronavírus:Consulte a situação no seu estado
Em entrevista à imprensa, ao ser perguntado se essa alta seria o início de uma terceira onda, o ministro negou. Disse que esse cenário se deve a uma série de fatores, como a volta às atividades de cidades que estavam fechadas, como Brasília e São Paulo, o inverno e o surgimento da variante indiana.
— Fala-se em primeira, segunda ou terceira onda. Para mim, esses casos que nós temos se devem em função de uma abertura maior das cidades. Quando abre, há tendência a ter novos casos. Em segundo lugar, temos a estação do inverno, onde há tendência maior de ciruculação de vírus e com isso podemos ter mais casos — afirmou.
Sobre a variante do coronavírus descoberta na Índia, ele enfatizou que não há indícios de novas pessoas contaminadas. Acrescentou que há nove casos em observação.
Na última sexta-feira, o Brasil havia notificado 2.215 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde. Com isso, o país somou 484.350 vidas perdidas para o coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel ficou em 1.912 óbitos, um aumento de 4% em relação ao cálculo de duas semanas atrás.
— Estamos vigilantes quanto à ocorrência desses óbitos, que decorrem do que vemos há duas semanas, que foi o aumento de casos — disse o ministro.
De acordo com Queiroga, que a campanha de vacinação está indo bem. O ministro disse que foram distribuídas 109 milhões de doses em todo o país. Do total, foram aplicadas 76,7 milhões de doses, sendo 53,2 mihões de brasileiros, ou 33,25% da "população vacinável" (106 milhões de pessoas) com a primeira dose; e 23,5 milhões, ou 14,6%, com a segunda.
0 Commentaires