WELLINGTON, OHIO — O primeiro comício com público do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que um grupo de seus apoiadores atacou o Capitólio, em janeiro passado, gerou expectativa no país. O lugar escolhido pelo ex-chefe de Estado para retomar o contato com seus seguidores foi a cidade de Wellington, em Ohio. Para muitos, é o início de uma turnê de vingança contra republicanos na Câmara e no Senado que votaram por seu impeachment.
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O ex-chefe de Estado busca retomar o contato com seus apoiadores e, ao mesmo tempo, intensificar a ofensiva contra adversários dentro do Partido Republicano. Embora tenha feito discursos em eventos republicanos fechados desde sua derrota eleitoral para o presidente Joe Biden, o comício em um estado que Trump conquistou nas eleições de 2020 marcou um retorno a reuniões em massa, que sempre tiveram uma importância crucial na estratégia de engajamento político do ex-presidente.
Trump busca, entre seus objetivos principais, recuperar terreno perdido e avançar contra inimigos no mundo republicano. O ex-presidente está determinado ajudar aliados e promover a derrota dos 10 congressistas republicanos na Câmara que votaram a favor do impeachment de Trump, sob a acusação de incitar o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio.
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O ex-presidente também endossou um adversário da senadora Lisa Murkowski, a única dos sete republicanos do Senado que votou para condená-lo, e que buscará a reeleição em 2022.
Após Wellington, a agenda de Trump prevê uma viagem à fronteira entre EUA e México com o governador do Texas, Greg Abbott, em 30 de junho, e um comício em Sarasota, Flórida, em 3 de julho. Colaboradores do ex-presidente asseguram que a prioridade é eleger a maior quantidade de reapublicanos aliados em 2022. Uma eventual candidatura presidencial de Trump em 2024, enfatizam, não é o foco do momento.
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Às vésperas do evento, Trump abriu uma conta na rede social Rumble, concorrente direta da Youtube, onde foi bloqueado pelo menos até 2023. O ex-presidente foi expulso do Twitter e também está suspenso do Facebook, pelo nível de violência de suas postagens.
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