Argentina supera 100 mil mortos para a Covid-19

BUENOS AIRES - A Argentina registrou 614 mortes para a Covid-19 nesta quarta-feira, o que elevou o total de óbitos para o vírus no país para 100.250.

Embora as taxas diárias apresentem queda, o país de 45 milhões de habitantes entra numa lista junto de outros 10 países que também registraram mais de 100 mil vítimas fatais.

O total global de mortos para o coronavírus supera 4,05 milhões, e o ranking é liderado por Estados Unidos (608 mil), Brasi (535 mil)l e Índia (411 mil), que somados representam mais de 37% do total mundial.

Em termos de mortes per capita, a Argentina é 12º país mais afetado do mundo desde o começo da pandemia há um ano e quatros meses, com 2.196 mortos por milhão de habitantes, à frente de Estado Unidos e Reino Unido. O Brasil está em 9º, com 2.520 mortes para cada milhão de habitantes.

A liderança do ranking sinistro é do Peru, com 5.898 mortes para cada milhão de habitantes.

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Em termos de vacinação, a Argentina aplicou a primeira dose em 43% da população. O problema está na inoculação total, que só chega a 11% da população.

Nesta semana, o governo argentino assinou um acordo com o laboratório americano Moderna para receber 20 milhões de doses de sua vacina contra a Covid. Até aqui, o país tem usado as vacinas Sputnik V, AstraZeneca e a chinesa Sinopharm.

A média dos casos caiu desde o pico no mês passado e a ocupação de leitos na UTI está diminuindo, embora permaneça acima de 60% em todo o país.

Em função disso, aumentaram as esperanças de que o país possa controlar a pandemia, a despeito de perigos como a variante Delta, mais contagiosa.

Após conduzir uma das quarentenas mais longas do mundo no ano passado, o governo da Argentina voltou a impor medidas de bloqueio em maio, em meio a uma segunda onda de infecções. Algumas dessas medidas já foram suspensas, mas continua a valer um limite rigoroso de entradas nas fronteiras.

A pandemia agravou uma crise econômica já existente na Argentina, que está praticamente em recessão contínua desde 2018, com inflação galopante, controles rígidos de capital e uma moeda desvalorizada, provocando uma fuga de dólares. No ano passado, o PIB argentino caiu mais de 10%.

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