DANIEL E. DE CASTRO, CAMILA MATTOSO E LEANDRO COLON
TÓQUIO, JAPÃO (FOLHAPRESS) - O aviso de que um "grande protesto" ocorreria perto da Vila Olímpica de Tóquio na noite desta sexta-feira (16) deixou trabalhadores dos Jogos em alerta durante o dia.
Uma manifestação foi marcada para começar às 19h30 na região da Triton Square, que reúne prédios comerciais, um shopping center e uma praça pública a poucos quarteirões do local que hospeda as delegações olímpicas.
"A todos os funcionários, prestem bastante atenção ao sair da Vila Olímpica após as 19h30 de hoje e sigam as instruções dos seguranças no local", dizia o comunicado entregue pelos organizadores dos Jogos.
Pouco depois do horário marcado, a manifestação reunia cerca de uma centena de participantes e muitos policiais que foram deslocados para as proximidades. Nos cartazes era possível ler frases em inglês dizendo que a "Olimpíada mata" e com o lema "NOlympics anywhere".
A frase indica a participação de um grupo ativista que costuma protestar contra a existência dos Jogos de uma forma geral, não apenas por causa de sua realização em meio à pandemia da Covid-19.
Pesquisas de opinião nos últimos meses mostraram que a maioria da população japonesa não queria a competição no país neste momento. Seus pleitos não foram atendidos, e o megaevento começará na próxima semana, sem a presença de público na grande maioria das arenas.
Milhares de atletas, membros de delegações e jornalistas estrangeiros desembarcaram em Tóquio desde a última semana. Nesta sexta, pelo terceiro dia seguido, a cidade ultrapassou a marca de 1.000 novos casos de Covid-19, com 1.271.
Embora exista uma grande resistência da população em relação a um evento do qual ela praticamente não poderá usufruir e que preocupa do ponto de vista sanitário, a insatisfação tem sido majoritariamente silenciosa até este momento.
0 Commentaires