SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ator Bill Cosby, 83, vai processar o estado da Pensilvânia após ter sua condenação por estupro e assédio sexual anulada pela Suprema Corte da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ele deixou a prisão na última quarta-feira (30) onde cumpriu pouco mais de dois anos da pena de três a dez anos de prisão, determinada em 2018, na Filadélfia.
Em participação no programa The Domenick Nati Show, Andrew Wyatt, amigo e porta-voz de Cosby, revelou uma ação fará com que o ator ganhe "alguns milhares de dólares" como compensação.
"Estamos vendo com qual recurso legal podemos entrar contra o estado da Pensilvânia. Estamos olhando para todos os ângulos legais para termos as coisas acertadas agora. Devem dinheiro para ele. É muito dinheiro devido", disse Wyatt.
Os advogados de Cosby agora estudam as medidas cabíveis para tentar a compensação ao ator. O valor que será pedido não foi divulgado.
Cosby havia sido condenado por abusar sexualmente, no ano de 2004, de Andrea Constand, ex-funcionária da Universidade de Temple, onde ele estudou. Mais tarde, o humorista se manifestou, pela primeira vez, através de uma mensagem publicada em seu perfil no Twitter.
"Nunca mudei minha postura nem minha história. Sempre mantive minha inocência", escreveu. "Obrigado a todos os meus fãs, apoiadores e amigos que me deram suporte durante esta provação. Agradecimentos especiais ao Supremo Tribunal da Pensilvânia por defender o estado de direito."
Em entrevista à imprensa internacional, Andrew Wyatt, porta-voz do ator, afirmou que ele pretende "desfrutar desse sabor de liberdade". O representante ainda revelou que Cosby planeja voltar a se apresentar na estrada. "Ele voltará ao palco, em muitos palcos por todo o país, e contará sua história", disse.
O humorista interpretava uma figura paterna e amável em seu programa "The Cosby Show". Sua defesa sempre negou as acusações e as alegações semelhantes feitas contra ele por mais de 60 mulheres pelo mesmo motivo. Os ataques teriam acontecido entre 1960 e 2000.
Com um total de quatro votos a favor e três contra, os juízes decidiram que Kevin Steele, promotor do caso, devia cumprir uma promessa feita pelo seu antecessor, que garantiu a Cosby que ele não seria denunciado.
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