Existem coisas que o futebol não explica. Nem as estatísticas. O Flamengo foi superior ao Fluminense em praticamente todos os quesitos, menos no único que realmente importa: o de bolas na rede. Ontem, na Neo Química Arena, a valentia tricolor levou a melhor para vencer por 1 a 0, com gol de André, que reflete a coragem de uma equipe que soube sofrer em campo e teve a capacidade para decidir na hora certa.
Se fosse para escolher quem foi melhor, é difícil encontrar alguém que não concorde que o Flamengo esteve mais perto do gol. Os números comprovam isso: mais posse de bola (66% a 34%), mais finalizações (21 a 11) e mais chances claras criadas. Porém, o conhecido problema da falta de pontaria custou caro para a equipe de Rogério Ceni.
Bruno Henrique parou no goleiro Marcos Felipe, Gustavo Henrique acertou o travessão, Michael e Vitinho perderam chances. Novamente o Flamengo criou muito e perdeu chances. Quem não faz, leva.
Apesar de vitorioso, o Fluminense não fez um bom jogo. Foi mais uma vez apático e pouco inspirado por mais de 70 minutos. Mesmo diante de um adversário sem Arrascaeta, Everton Ribeiro e Gabigol, se limitou a defender na maior parte do tempo — e as vezes não conseguia fazer isso. Até Roger Machado mudar a equipe.
Quando entraram Lucca, Nenê, Luiz Henrique e André, o jogo mudou para o Fluminense. Corajoso, se lançou ao ataque e conseguiu aproveitar um Flamengo cansado para ser superior. Então, o quarteto se fez presente: Lucca roubou a bola, acionou Nenê, que encontrou Luiz Henrique na ponta, que cruzou para André empurrar ás redes. Um gol com o dedo de Roger Machado para garantir a vitória para o Fluminense em São Paulo. Fim da seca de quatro jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro.
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