Técnico do Flamengo, Renato Gaúcho foi bem em mata-matas, mas estagnou no Brasileiro com o Grêmio; veja números

O Flamengo acertou com Renato Gaúcho para ocupar o cargo vago de técnico deixado após a demissão de Rogério Ceni, anunciada na madrugada deste sábado. Nome divisivo entre a torcida, Portaluppi vem de passagem de pouco mais de quatro anos pelo Grêmio. Acumulou sucesso em competições eliminatórias no clube gaúcho, mas nunca conseguiu fazer o time disputar de forma contudente o título brasileiro.

Renato chegou para sua terceira passagem pelo tricolor em setembro de 2016, e viveu dois anos mágicos: foi campeão da Copa do Brasil naquele ano e da Libertadores no ano seguinte. Fez jogo duro com o Real Madrid e ficou com o vice-campeonato mundial. Aqueles foram seus dois grandes títulos pelo Grêmio em sua passagem. Além deles, venceu quatro estaduais e a Recopa Sul-Americana de 2018.

O técnico ganhou a imagem de alguém capaz de recuperar carreiras: trouxe nomes em baixa no futebol brasileiro que viveram boas temporadas e fizeram gols importantes em conquistas, como Jael, Cortez e Cícero. Se fechar com o Flamengo, encontrará um elenco com outro perfil: estrelado e vindo de um bicampeonato brasileiro.

Nos anos seguintes, seguiu bom desempenho nos mata-matas, mas viu as campanhas do Grêmio estagnarem no Brasileirão. O técnico nunca conseguiu ultrapassar o quarto lugar na tabela, e o aproveitamento reflete essa "consistência".

De 2017 até 2020, quando disputou quatro Brasileirões completos, o aproveitamento de pontos seguiu a sequência de 54.4%, 57.9%, 57% e 51.8%. Números aquém dos mais de 60% que a maioria das equipes que disputaram os títulos nesses anos atingiram.

Na atual temporada, quando deixou o clube, o técnico via o desempenho do elenco cair desde a reta final do Brasileiro anterior, mas o resultado que acabou sentenciando o divórcio foi justamente num mata-mata: o clube acabou eliminado na pré-Libertadores para o Independiente del Valle.

Veja os números do técnico na última passagem pelo tricolor:

2016

Brasileirão: 9º (chegou em setembro)

Copa do Brasil: Campeão

16 jogos, 6 vitórias e 2 empates

2017

Mundial: Vice-campeão

Libertadores: Campeão

Brasileirão:

Copa do Brasil: Semifinal

Estadual: Semifinal

74 jogos, 41 vitórias, 17 empates e 16 derrotas

2018

Libertadores: Semifinal

Brasileirão:

Copa do Brasil: Quartas

Estadual: Campeão

69 jogos, 37 vitórias, 18 empates e 14 derrotas

2019

Libertadores: Semifinal

Brasileirão:

Copa do Brasil: Semifinal

Estadual: Campeão

73 jogos, 39 vitórias, 18 empates e 16 derrotas

2020

Libertadores: Quartas

Brasileirão:

Copa do Brasil: Vice-campeão

Estadual: Campeão

73 jogos, 35 vitórias, 23 empates e 15 derrotas

2021

Libertadores: eliminado na fase preliminar

Estadual: não disputou até o fim

6 jogos, 5 vitórias e 1 empate

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