Mais de 60 países pedem que afegãos e estrangeiros tenham permissão para deixar Afeganistão

WASHINGTON — Mais de 60 países emitiram um comunicado conjunto neste domingo pedindo que os afegãos e cidadãos de outros países que queiram deixar o Afeganistão possam poder fazê-lo sem impedimentos. O Brasil não faz parte da lista de signatários, que inclui países como a Colômbia, o Chile e a Argentina, além dos Estados Unidos e da União Europeia.

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"Diante da deterioração da situação de segurança, nós apoiamos, estamos trabalhando para garantir e pedimos para que todas as partes respeitem e facilitem a saída segura e ordenada de cidadãos estrangeiros e afegãos que desejem deixar o país", diz a nota publicada pelo Departamento de Estado americano.

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O comunicado foi divulgado conforme os EUA e seus aliados aceleravam a retirada de diplomatas e cidadãos estrangeiros de Cabul, diante do colapso do governo afegão, com a fuga do presidente Ashraf Ghani. O grupo fundamentalista voltou ao palácio presidencial quase 20 anos após a invasão americana, nas semanas seguintes ao atentado do 11 de Setembro de 2001.

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À Reuters, um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que, até a noite de domingo, a maioria dos funcionários diplomáticos ocidentais já havia deixado o Afeganistão. Todos os diplomatas americanos, por sua vez, foram levados para o aeroporto de Cabul, de onde a missão americana está funcionando.

O objetivo é que dentro de 48 horas, "milhares" de americanos que moram no país da Ásia Central, além dos funcionários diplomáticos, suas famílias e afegãos "particularmente vulneráveis" sejam removidos..

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Segundo o comunicado, as pessoas em "posição de poder e autoridade no Afeganistão têm responsabilidade — e devem ser responsabilizadas — pela proteção da vida humana e da propriedade, e pelo restauração imediata da segurança e da ordem civil". Outros signatários incluem o Paraguai, a Espanha e o Iêmen. Não está claro por que o Brasil não consta na lista.

"Os afegãos e cidadãos estragneiros que queiram deixar [o Afeganistão] devem poder fazê-lo. Rodovias, aeroportos e postos fronteiriços devem permanecer abertos, e a calma deve ser mantida", continua a nota conjunta. "O povo afegão merece viver com segurança e dignidade. Nós, na comunidade internacional, estamos prontos para ajudá-lo."

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Neste domingo, o Pentágono autorizou o envio temporário de mais mil soldados americanos para ajudar na remoção de diplomatas e cidadãos do país, elevando o total para 6 mil, além da afirmar que assumiria o controle aéreo de Cabul para facilitar a operação. Segundo a Otan, neste domingo apenas aeronaves militares podiam decolar do aeroporto da capital.

Comentando o comunicado conjunto dos mais de 60 países, o secretário de Estado Antony Blinken disse que os "EUA se juntam à comunidade internacional para afirmar que os afegãos e cidadãos estrangeiros que queiram deixar [o país] possam fazê-lo. Rodovias, aeroportos e postos fronteiriços devem permanecer abertos, e a calma deve ser mantida", afirmou.

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