Brasil estuda aquisição de quarta opção de vacina contra Covid-19, diz Pazuello

BRASÍLIA — O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quarta-feira que a pasta estuda aquisição de uma nova opção de vacina para covid-19: a produzida pela farmacêutica Pfizer. Até o momento, o órgão acompanhava o desenvolvimento de três tipos: a da AstraZeneca em parceria com a Universidade Oxford, a imunização desenvolvida pela chinesa Sinovac e a vacina do laboratório Moderna. Em uma coletiva de imprensa para a mídia local de Santa Catarina, Pazuello afirmou que a vacina da Pfizer entrou no radar do ministério.

— Estamos estudando a prospecção das vacinas há bastante tempo e elencamos as três mais promissoras, no Brasil. Existe uma quarta possibilidade com a Pfizer, que está desenvolvendo testes na fase 3. Vamos observar a possibilidade de entrar em algum tipo de acordo de cooperação para comprar. Temos três estruturas já definidas e uma quarta que está entrando no radar a partir de agora — afirmou o ministro.

A Pfizer informou nesta quarta-feira que sua estimativa é produzir 1,3 bilhão de doses entre 2020 e 2021. Os Estados Unidos já fecharam um acordo para comprar 100 milhões de doses, mas a empresa diz que negocia também com outros países. "A companhia está em contato com os governos de todo o mundo, incluindo o Brasil, para disponibilizar sua futura vacina à população", disse em comunicado.

Inicialmente, o governo brasileiro havia anunciado que trabalha em um acordo de cooperação com a Universidade Oxford para aquisição de pelo menos 30 milhões de doses de vacina ainda neste ano, podendo a chegar a 100 milhões. Na coletiva desta quarta-feira, o ministro afirmou que serão 40 milhões de doses iniciais.

Pazuello elogiou ainda a iniciativa desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, em São Paulo. Segundo ele, a estratégia complementa o que está sendo feito pelo ministério junto à AstraZeneca e à Universidade Oxford.

Os elogios à vacina chinesa e a possibilidade de que o Ministério da Saúde possa utilizá-la tem rendindo críticas de bolsonaristas nas redes sociais.

Na segunda-feira, o ministro havia dito que o Brasil está em negociações com o laboratório norte-americano Moderna para uma possível compra com prioridade da candidata a vacina desenvolvida pela empresa. Ainda não há, no entanto, um acordo fechado.

Durante a coletiva, Pazuello falou ainda sobre a estratégia de que estados cujo pico da pandemia já passou auxiliem aqueles que ainda estão com dificuldade fazendo a transferência de equipamentos.

— Ficou óbvio que nós estamos buscando todas alternativas para que a gente abasteça os hospitais com os medicamentos para a área de terapia intensiva, principalmente, buscando compra fora do país, compra direta no Uruguai, de uma quantidade ainda pequena — disse.

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