PARIS - O ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, criticou seus antigos colegas de trabalho em uma entrevista ao jornal francês "Le Parisien" neste domingo. O executivo classificou os resultados de Renault e Nissan de "patéticos", movidos tanto pela falta de liderança conjunta quanto pela pandemia da Covid-19.
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Ghosn, que também comandava a Mitsubishi Motors, foi preso no Japão no fim de 2018 após acusações de usar os fundos da empresa para fins pessoais e desviar recursos da companhia. Ele nega as acusações. Ele fugiu do Japão para o Líbano, onde vem colaborando com as investigações.
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O executivo disse ao jornal francês que “existe um problema de confiança na aliança entre as duas montadoras. Pessoalmente, acho patéticos os resultados da Nissan e da Renault. Não existe mais uma mistura real de gestão entre Renault e Nissan, mas uma distância desconfiada”.
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Na entrevista, Ghosn le,brou que as ações da Nissan tiveram queda de 55% e da Renault recuaram 70% entre novembro de 2018 e junho de 2020. Nesse período, destacou, General Motors e Toyota caíram 12% e 15%, respectivamente. "Todos estão enfrentando a mesma crise do coronavírus, mas a Renault e a Nissan estão sendo punidas mais que as outras", disse ele.
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