Paraguai manterá fronteira fechada até que redução da pandemia no Brasil

ASSUNÇÃO — O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que o país vai continuar mantendo suas fronteiras com o Brasil fechadas até que a curva de contágio do novo coronavírus caia no território brasileiro.

— O Brasil é o segundo país com o maior número de mortes e temos uma obrigação moral de cuidar da saúde de nosso povo — afirmou Benítez.

O presidente paraguaio acrescentou que, mesmo com o fechamento da fronteira, Ciudad del Este, na fronteira com Foz de Iguaçu, e a cerca de 330 km a leste de Assunção, "é uma das cidades com mais casos" de coronavírus no país.

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Com mais 84 mil mortos e 2,2 milhões de infecções o Brasil é o segundo país no mundo com maior número de óbitos e casos da Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos. Já o Paraguai registrou, até o momento, 36 mortes e 4 mil infectados.

A fronteira entre Brasil e Paraguai foi fechada no dia 24 de março e, desde então, o governo paraguaio tem estendido a medida para evitar o avanço da doença.

Abdo afirmou que, por ser um país mediterrâneo, o Paraguai é o mais interessado em reabrir suas fronteiras para impulsionar o comércio, mas que "por enquanto eles continuarão sendo fechados até que a curva (epidêmica) no Brasil comece a se achatar".

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O fechamento fez com que o contrabando na região aumentasse. Na quarta-feira, houve tiroteio entre militares da Marinha e contrabandistas nas margens do rio Paraná, na fronteira com Ciudad del Este, segundo informou a imprensa local. Na sexta-feira passada, um suboficial da Marinha foi morto em uma troca tiros, que deixou outros 35 detidos.

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