Brasil registra média móvel de 950 mortos por coronavírus, a menor em 85 dias

RIO — Embora a média móvel de óbitos por coronavírus no país permaneça no formato de um platô, a pandemia sinaliza um tímido arrefecimento desde o início do mês. Nesta terça-feira, a média móvel foi de 950 mortes, o menor índice desde 1º de junho.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

Consulte: Veja aqui como está a situação do coronavírus no seu estado

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Dez estados apresentam tendência de queda nos óbitos causados pela pandemia: Alagoas, Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

Cinco unidades federativas apresentam tendência de alta: Bahia, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo

Por último, 11 apresentam médias móveis consideradas estáveis: Acre, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. É, também, o caso do Distrito Federal.

Gasto em cloroquina

Embora não haja comprovação científica de sua eficácia no combate ao coronavírus, o governo brasileiro gastou no mínimo R$ 18 milhões na compra de hidroxicloroquina, cloroquina, ivermectina e azitromicina, segundo levantamento do GLOBO. Só o Ministério da Saúde distribuiu 5,2 milhões de comprimidos de cloroquina a estados e municípios. Os remédios foram produzidos na Fiocruz e no laboratório do Exército.

Em meio à corrida global pela vacina pelo coronavírus – a Universidade de Oxford, por exemplo, pode enviar dados sobre seus testes ainda este ano a órgãos regulares -, a comunidade científica deparou-se, desde o início da semana, com casos documentados de reinfecção por Covid-19 em Hong Kong, Bélgica e Holanda. A descoberta levantou preocupações sobre a duração da imunidade do organismo humano contra o Sars-CoV-2 e as possíveis implicações epidemiológicas se os casos se multiplicarem mundo afora.

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