Brasil tem mais de 112 mil mortes e 3,5 milhões de infectados por Covid-19, aponta consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil ultrapassou as marcas de 112 mil mortes e 3,5 milhões de infectados por Covid-19, nesta quinta-feira. Nas últimas 24 horas foram registrados 1.234 óbitos e 44.684 novos casos, elevando para 112.423 o número de vidas perdidas para a doença no país e 3.505.097 pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

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O Brasil apresentou uma média móvel nos últimos 7 dias de 980 óbitos. Assim, o Brasil segue com tendência de estabilidade nas mortes.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O país tem doze estados com tendência de queda na média móvel de mortes: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Sergipe.

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Outros onze estados apresentam estabilidade. São eles: Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

O Distrito Federal e outros três estados — Amazonas, Bahia e Goiás — estão com tendência de alta na média móvel de mortes em comparação com o cálculo de duas semanas atrás.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

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Dados da pasta divulgados na noite desta quinta-feira indicam que o Brasil registrou 45.323 novos casos de Covid-19, além de 1.204 mortes provocadas pela doença, das quais 429 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chegou a 2.501.975 infectados e 112.304 óbitos. Há ainda 3.187 mortes em investigação.

São Paulo é o estado com mais casos da doença: são 730.828 até o momento. Seguido por Bahia (228.596), Rio de Janeiro (205.916), Ceará (202.422) e Minas Gerais (185.062). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 27.905. Depois vêm Rio de Janeiro (15.074), Ceará (8.245), Pernambuco (7.303) e Pará (6.027).

Avanço de Covid entre jovens coincide com retomada de atividades no país

A reabertura de parte das atividades econômicas em vários estados brasileiros, no início de junho, coincide com uma explosão de casos de Covid-19 entre jovens. Compilação feita pelo GLOBO a partir de dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica, do Ministério da Saúde, mostra um pico de infecções entre jovens 15 dias após a retomada das atividades em várias cidades do país, período que engloba o tempo médio de incubação até o aparecimento de sintomas da doença. Hoje, os jovens já representam a maioria de casos em estados como São Paulo e Rio de Janeiro.

Vacina da Johnson & Johnson será testada em 60 mil voluntários na fase final

A Johnson & Johnson testará sua vacina candidata contra a Covid-19 em 60 mil voluntários na terceira fase dos seus ensaios clínicos, segundo documentos formalizados pela empresa em uma plataforma do governo dos Estados Unidos. O número é o dobro do estipulado por duas concorrentes, a Moderna e a Pfizer, e deve se consolidar como o maior teste no mundo até o momento. Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a condução de testes da fórmula da J&J no Brasil.

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De acordo com o formulário, a fase 3 será realizada em 180 localidades dos Estados Unidos e em outros países, como o próprio Brasil e o México. A vacina da Johnson & Johnson é desenvolvida pela subsidiária Janssen-Cilag e utiliza um adenovírus como um vetor capaz de transportar o RNA mensageiro do novo coronavírus para as células do corpo humano, estimulando uma resposta imune teoricamente capaz de criar anticorpos contra o Sars-CoV-2.

Já o Instituto Gamaleia, laboratório russo responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 Sputnik V, informou nesta quinta-feira que o imunizante será testado em 40 mil pessoas durante a terceira fase dos ensaios clínicos. O anúncio ocorreu nove dias após o governo da Rússia registrar a fórmula como segura e eficaz.

Em entrevista coletiva, pesquisadores do Gamaleia defenderam que os resultados obtidos nos dois primeiros estágios de testes são suficientes para determinar a segurança e a eficácia da Sputnik V.

O cronograma da vacina russa foi recebido com ceticismo por boa parte da comunidade científica internacional. Além da falta de transparência nos dados dos ensaios clínicos, que poderiam apontar as evidências que sustentem as promessas do país, cientistas temem que o plano de vacinação em massa na Rússia, previsto para outubro, seja conduzido sem a devida segurança e coloque a população em risco.

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