RIO — O Brasil ultrapassou 113 mil mortes por Covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.031 óbitos, elevando para 113.454 o número de vidas perdidas para o novo coronavírus. Foram notificados também 31.391 novos casos, totalizando 3.536.488 milhões de infectados no país.
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As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.
A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
Dados da pasta divulgados na noite desta sexta-feira indicam que o Brasil registrou 30.355 novos casos de Covid-19, além de 1.054 mortes provocadas pela doença, das quais 374 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chegou a 3.532.330 infectados e 113.358 óbitos. Há ainda 3.201 mortes em investigação.
Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo
São Paulo é o estado com mais casos da doença: são 735.960 até o momento. Seguido por Bahia (229.743), Rio de Janeiro (207.036), Ceará (202.999) e Minas Gerais (188.623). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 28.155. Depois, vêm Rio de Janeiro (15.202), Ceará (8.268), Pernambuco (7.335) e Pará (6.037).
Parte do Brasil pode ter atingido imunidade coletiva para o coronavírus, dizem pesquisadores
Alguns lugares do mundo, entre eles cidades e estados do Brasil, dão sinais de que podem ter alcançado a chamada imunidade coletiva ou de rebanho contra o coronavírus, dizem cientistas. Ela é alcançada quando o vírus não consegue mais continuar a se propagar com força porque não há pessoas vulneráveis em número suficiente para sustentar uma epidemia.
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O número de casos diários caiu e não voltou a crescer significativamente por mais de um mês, caso de Rio de Janeiro (apesar da alta na média móvel de óbitos nos dados divulgados ontem), São Paulo e de Manaus, por exemplo. No mundo, Nova York, Londres e Mumbai são exemplos.
OMS diz que 'há tendência de queda no Brasil, mas são necessárias mais ações para reduzir transmissão'
O avanço no combate à pandemia da Covid-19 no Brasil é boa notícia para o mundo todo, afirmou o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (21). Ele destacou que o país chegou à estabilidade no número de novos casos e mortes "graças também ao esforço dos profissionais de saúde", mas que evolução da doença demanda atenção:
— Há uma tendência de queda no Brasil, mas são necessárias mais ações para reduzir essa taxa de transmissão. Quando países como o Brasil, EUA e Índia controlam a doença, contribuem para o planeta.
Ryan reforçou que a vacina contra a Covid-19 não resolverá, sozinha, a pandemia da doença e que os esforços de prevenção, como distanciamento social e higienização das mãos, precisam continuar sendo feitos para que as transmissões diminuam.
A OMS também espera que a crise do coronavírus possa acabar em menos de dois anos, disse o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus, comparando a atual situação com a crise da gripe espanhola que atingiu o mundo em 1918 e durou dois anos para terminar:
— Na situação em que estamos agora, com mais tecnologia, com mais conectividade, o vírus tem mais chance de se espalhar e se mover rapidamente. Ao mesmo tempo, temos a tecnologia e o conhecimento para impedir isso.
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