Prefeitura de Niterói afasta funcionária envolvida no caso de bebê queimado no Hospital Getulinho

RIO - A prefeitura de Niterói determinou o imediato afastamento da enfermeira envolvida no caso do bebê que teve parte do corpo queimada durante o banho, no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho (Getulinho). O município informou, ainda, que a sindicância instaurada para apurar o incidente deve ser finalizada na próxima terça-feira, e os responsáveis podem ser demitidos por justa causa.

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"A direção do hospital determinou o imediato afastamento da funcionária envolvida no caso e foi aberta uma sindicância para apurar responsabilidades, com conclusão prevista para a próxima terça-feira (25.08), que poderá resultar, inclusive, na demissão dos responsáveis por justa causa, diante a gravidade do fato. Todos os profissionais que atenderam a criança estão sendo ouvidos", diz a nota oficial.

Nesta sexta-feira, mais funcionários do Getulinho prestaram depoimento na 78ª DP (Fonseca). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Luiz Jorge Rodrigues da Silva, quatro pessoas já foram ouvidas sobre o caso, e outras duas irão depor até a próxima terça-feira.

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O advogado Pedro Rocha, que representa a família do bebê, também aguarda a conclusão dos depoimentos para ingressar com ações contra os responsáveis. Eles pretendem processar a prefeitura por danos morais e não descartam outras ações contra os demais envolvidos.

— A ação cível por danos morais contra a Prefeitura de Niterói está sendo desenvolvida. Quando eu tiver acesso à folha de depoimento, minha equipe vai apurar a conduta de cada pessoa para definir se haverá outros processos.

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De acordo com o prontuário médico entregue ao advogado, a pequena Juliana teve 37% do corpo queimado.

Incidente ocorreu durante o banho

Na última terça-feira, a bebê Juliana Anastácio, de 6 meses, teve parte do corpo queimada durante sua internação no Hospital Getulinho. De acordo com a investigação da Polícia Civil, uma enfermeira que dava banho na pequena se distraiu e deixou a temperatura da água atingir cerca de 50 graus, nível bem acima do máximo recomendado (36ºC).

As queimaduras atingiram as pernas, virilha, genitália, nádegas e parte da barriga da criança. Uma perícia realizada na tarde desta quinta, sob acompanhamento do Instituto Médico Legal (IML), apontou a água quente como causa dos ferimentos. A enfermeira pode responder por lesão corporal grave.

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