O Fluminense queria voltar a vencer numa estreia de Brasileiro após revezes por dois anos seguidos. Mas outra escrita falou mais alto: a de Odair Hellmann na Arena do Grêmio. O treinador, que nos tempos de Internacional nunca venceu no estádio, levou sua sina para o tricolor carioca. Resultado: derrota por 1 a 0 e a queda na largada pelo terceiro ano seguido para o time das Laranjeiras.
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O Fluminense terá dois jogos seguidos no Maracanã para tentar pontuar no Brasileiro. Na quarta, recebe o Palmeiras. Já no próximo fim de semana, o adversário é outro gaúcho: o Internacional.
O duelo começou um pouco diferente do que se esperava. O Grêmio demorou a encaixar seu jogo e permitiu que, nos primeiros 20 minutos, o Fluminense tivesse maior controle do jogo. O problema é que, dada a limitação criativa da equipe, os tricolores não conseguiram fazer muito com a bola. A melhor chance saiu do entrosamento da dupla Marcos Paulo e Evanilson. Aos 21, o primeiro fez bom lançamento para o centroavante, que finalizou de primeira e obrigou Vanderlei a fazer grande defesa à queima-roupa.
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Na maior parte do primeiro tempo, no entanto, o Fluminense teve postura muito semelhante a dos Fla-Flus decisivos do Campeonato Carioca. Empenhou-se mais em defender para apostar nos contra-ataques. Com sua velocidade e jogo de corpo, Evanilson era o desafogo ofensivo do time de Odair Hellmann. O problema é que muitas vezes ele percorria o campo inteiro com a bola nos pés e, depois, não tinha com quem jogar.
Sem ser ameaçado, aos poucos o Grêmio impôs sua pressão na área tricolor. A maior dificuldade era concluir, dada a forte marcação do Fluminense. Até que, aos 44, Alisson e Isaque conseguiram conduzir a bola por dentro da área. Ela sobrou para Diego Souza, que, esquecido por Egídio, conseguiu empurrar a bola para dentro do gol. Bem adaptado à condição de centroavante, o meia de origem chegou ao seu 9º gol pela equipe de Renato Gaúcho.
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Na etapa final, Odair tentou resolver o problema de criação com a entrada de Michel Araújo no lugar de Yuri. A mudança até melhorou o meio-campo do tricolor. Logo no primeiro minuto, o uruguaio fez boa jogada para Nenê, que chutou colocado com perigo para Vanderlei.
O problema é que as investidas do Fluminense se limitavam ao meio, onde é mais difícil encontrar espaços. Pelos lados, Igor Julião e Egídio se mostraram nulos ofensivamente. Esta, por sinal, é uma carência surgida na equipe com a saída de Gilberto, vendido para o Benfica (POR). Os avanços do lateral-direito eram um dos trunfos da equipe carioca.
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O Benfica também provocou uma perda no Grêmio ao tirar Éverton Cebolinha. Mas os gaúchos sentiram menos seu desfalque. Pepê soube aproveitar os espaços dados pelo Fluminense no segundo tempo e foi o destaque gremista da etapa final da partida. Só não marcou porque Muriel fez grande defesa aos 30.
Mesmo com o Fluminense levando mais a bola para a próximo da área gremista, o Grêmio continuou tendo as melhores chances do jogo. E isso porque Fred esteva em campo desde os 11 da etapa final. Mas a bola não chegou até ele. O camisa 9 segue sem marcar em seu retorno às Laranjeiras.
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