Por Gabriela Gallo/Agência de Notícias UniCeub
Com as medidas de distanciamento social, os eventos culturais precisaram ser suspensos ou limitados em todo o país. Isso obrigou diversos artistas, que tinham a oportunidade, a migrarem para a internet. O mesmo acontece com o projeto “Ocupação Horizontal do Complexo Cultural de Planaltina” que tem como objetivo oferecer oficinas com mestres e mestras da cultura popular do DF e de outros cantos do País. Idealizado por Rodrigo Werneck, percussionista no Baque Angola – grupo de Maracatu do Distrito Federal – e Comboio percussivo, o projeto foi aprovado em 2019 pelo Fundo de apoio à Cultura (FAC) na modalidade Ocupação. “Um projeto que era pra ser totalmente presencial, do olho no olho, essa questão de de passar o conhecimento dos nossos ancestrais para pessoas específicas foi pro on-line, então a gente ta conseguindo atingir muito mais pessoas do que anteriormente” afirmou o organizador do evento otimista.
O evento acontece toda sexta-feira até dia 9/10 em seu canal do youtube sempre às 17h. Serão oferecidas oficinas virtuais com os mestres e os alunos interessados podem ganhar um certificado de participação, basta assinar o formulário. O documento será entregue em até uma semana após a disponibilização da oficina e também ficará aberto até a segunda-feira após a exibição da aula, dando tempo para quem assistir e ainda quiser garantir o comprovante de participação.
O DF é conhecido por sua diversidade, inclusive quando se trata de expressões culturais oriundas de matrizes africanas e indígenas. Aqui surgiram figuras como o grupo “Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro” e a mestra de cultura popular Martinha do Coco, conhecida por mesclar ritmos de Pernambuco – Coco, Ciranda e Maracatu – com suas experiências no Cerrado. Confira um de seus trabalhos abaixo:
A primeira oficina será ministrada por Larissa Umaytá, pandeirista e referência candanga quando o assunto é Pandeiro Popular.“O pandeiro é um instrumento muito popular tem uma característica muito forte dentro da cultura brasileira, está presente no samba, no choro, no forró e no baião. Podemos colocar ele em todos os ritmos que a gente quiser e puder” afirma a musicista.
A falta de instrumentos não é um problema na participação das oficinas. Rodrigo comenta que não se começa as manifestações com instrumentos, mas sim na vontade de aprender. “Começa sempre sem instrumento porque a gente é corpóreo, a gente consegue dar percussão corporal e atingir todos esses objetivos”, ele afirma.
Além das oficinas culturais, também será oferecida a oficina de produção cultural, desde a elaboração até a prestação de contas, ministrada por Thiago Fanis e a de Tradução de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais, para garantir processos de inclusão) na Cultura Popular, apresentada por Virgílio Soares.
Atividades:
- Oficina de Pandeiro Popular, com Larissa Umaytá
- Oficina de Percussão do Oeste Africano, com Nanãn Matos
- Oficina de Projetos Culturais, com Thiago Fanis
- Oficina de Tradução de Libras para a Cultura Popular, com Virgílio Soares (PB)
- Oficina de Tambor Afro-Mineiro, com Mário Jorge (MG)
- Oficina de Coco de Roda, com Martinha do Coco (PE)
- Oficina de Samba Pisado, com Tico Magalhães (PE)
- Oficina de Maracatu, com Mestre Hugo (PE)
- Oficina de Tambor de Crioula, com Mestre Chico (MA)
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira
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