A melhor reforma administrativa já vista Nada é tão ruim que não possa piorar

Os instrumentos trazidos para dar “eficiência” ao serviço público vão transformar as repartições em grandes espaços de poder político de ocasião. Pois, a prática de gestão por meio de terra arrasada será a regra. Essa prática faz com que a cada ciclo de poder a maioria ou todos os funcionários sejam demitidos e novos colocados nos seus lugares. Isso vai custar muito aos cofres públicos. Seja pelo valor das rescisões, seja pela curva de aprendizado que gera desperdício de dinheiro aos cofres públicos

O mais interessante da reforma administrativa é achar que vai melhorar a qualidade do serviço público. Hoje os servidores atuam de acordo com a lei. Nos moldes da reforma proposta terão que trabalhar de acordo com o interesse dos “chefes”.

A eficiência no serviço público não vem apenas com a possibilidade de demissão. É bom lembrar que não são os servidores públicos que geram o grande rombo nas contas públicas, mas sim a quantidade de dinheiro público que é desviado por uma cúpula que pretende ter o controle total sobre o serviço público.

O motivo do modelo francês ou espanhol de ingresso no serviço público brasileiro não funcionar é a falta de controle sobre os agentes políticos no nosso sistema jurídico. Talvez a grande reforma que deva ser feita é a política.

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