O Botafogo deu o troco no Vasco e largou na frente no confronto pela quarta fase da Copa do Brasil. Derrotado no jogo anterior, pelo Brasileirão, o alvinegro saiu do Nilton Santos com a vitória por 1 a 0 e a vantagem para o jogo de volta, quarta-feira, em São Januário.
Quem decidiu o duelo desta quinta-feira foi Matheus Babi, reforçando a boa fase no comando do ataque do time de Paulo Autuori. Ele marcara duas vezes na partida passada, mas, desta vez, uma bola na rede foi suficiente para o triunfo alvinegro.
Um empate semana que vem classifica o Botafogo, que fica mais perto de cumprir a meta orçamentária e alcançar, no mínimo, as oitavas de final. Para o Vasco, a classificação sem a necessidade de pênaltis depende de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença.
A profusão de gols e chances criadas no clássico de domingo gerou expectativa para um jogo animado nesta quinta. Mas as duas equipes ficaram devendo. Dois times lentos, até estáticos, que erraram muitos passes e pouco ameaçaram os goleiros adversários.
O Botafogo ficou mais com a bola, mas mostrou muita dificuldade para finalizar. Kalou, que entrou bem no segundo tempo do clássico anterior, dessa vez foi titular, mas não rendeu tanto.
O Vasco esteve mais retraído. Mas precisava que os jogadores de ponta dessem fluência e ritmo. Algo que não aconteceu.
Cano passou em branco, até porque foram poucas as ocasiões criadas, por mais que Benítez tenha se esforçado tanto no meio-campo. O artilheiro vascaíno no ano foi substituído por Ribamar, indicando a preocupação de Ramon com a parte física.
A chance mais clara do Vasco saiu em um chute de longa distância, já no segundo tempo, com Marcos Júnior. A bola fez uma curva absurda e explodiu caprichosamente na trave esquerda de um estático Gatito.
Efeito Honda
Para o Botafogo, o enrendo ficou mais favorável quando Honda cresceu de produção. Logo ele, que fora substituído no clássico de domingo ainda aos 41 minutos do primeiro tempo. Não dá para se esperar do japonês intensidade na marcação ou correria. Mas com a técnica não se discute. A precisão nos passes e visão de jogo foram cruciais para o lance que resolveu a partida. Honda dominou com tranquilidade o chutão vindo da defesa, tabelou com Bruno Nazário e propiciou o cruzamento preciso para Matheus Babi. O novo xodó superou Miranda e correu para mais uma dancinha de comemoração com Kalou. Fernando Miguel tocou nabola, mas não o suficiente.
Não. O Botafogo não levou empate nos minutos finais. Mas foi angustiante ver o time em colapso físico e se complicando com o ritual de substituições.
Kevin caiu primeiro, e Fernando ficou a postos para entrar. Autuori fez menção para que o lateral esperasse à beira do campo por causa da possibilidade de mais gente pedir para sair. Tão logo Fernando foi a campo, Honda e Gatito caíram pedindo atendimento. No caso do japonês, cãibras.
Só que a falta de repertório ofensivo do Vasco não gerou sustos maiores nos instantes finais, apesar do trauma que jogos recentes do Botafogo deixaram.
Se bem o desfecho relevante será em São Januário, semana que vem. Valendo R$ 2,6 milhões.
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