Brasil volta a registrar mais de mil mortes por Covid-19 após uma semana, mostra consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil registrou 1.136 mortes pela Covid-19, de acordo com informações do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa. Faz uma semana que o país não contabiliza mais de mil óbitos por dia. A última vez foi em 2 de setembro, quando foram notificados 1.218 falecimentos. No total, já são 128.653 vidas perdidas para o novo coronavírus.

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Foram registrados também 34.208 novos casos da doença, elevando para 4.199.332 infectados pelo Sars-CoV-2. Os estados do Piauí e do Maranhão não divulgaram seus dados sobre a Covid-19 antes do fechamento do boletim. Os dados desta quarta-feira entrarão no boletim das 8h de quinta.

Foi registrada nesta quarta uma média móvel de 679 mortes por Covid-19. Desde 12 de agosto, a média móvel de mortes causadas pelo novo coronavírus no país está abaixo de mil e desde o dia 28, abaixo de 900. Assim, o Brasil segue a tendência de queda nas mortes causadas pelo novo coronavírus.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Há 17 estados com tendência de queda nas médias móveis de morte por Covid-19: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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O Distrito Federal e oito estados estão em estabilidade: Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e Roraima. Apenas o Ceará demonstra alta na média móvel de mortes.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério a Saúde.

O Brasil registrou 35.816 novos casos da Covid-19 e 1.075 mortes provocadas pela doença, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado na noite desta quarta-feira. Com isso, o país chega a 4.197.889 infectados, com 128.539 óbitos, dos quais 347 ocorreram nos últimos três dias. Há ainda 2.507 mortes em investigação.

Testes de vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca podem recomeçar na próxima semana

O laboratório britânico AstraZeneca pode recomeçar na próxima semana os testes de fase 3 de sua possível vacina para Covid-19 desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, afirmou nesta quarta-feira (9) o Financial Times. Nesta terça-feira (8) a empresa anunciou a suspensão do ensaio clínico de estágio avançado com milhares de voluntários após uma suspeita de reação adversa grave em um participante.

O estudo testa uma potencial vacina contra a Covid-19 em locais como Estados Unidos, Brasil e Reino Unido, onde o evento adverso foi reportado.

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Os testes no Brasil também foram suspensos até que a investigação conclua se houve ou não possível relação entre a reação adversa grave e a aplicação da vacina. Nenhum voluntário brasileiro que participa do estudo apresentou qualquer tipo de efeito colateral grave. A Anvisa afirmou que já está em contato com a farmacêutica para ter "o acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo".

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que o contrato da Fiocruz com o laboratório inglês AstraZenecanão será alterado devido à suspensão dos testes da vacina contra a Covid-19. De acordo com o secretário executivo da pasta, Élcio Franco, "é muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas".

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não há uma dimensão de qual o impacto da suspensão dos testes no cronograma de produção da vacina.

— O contrato da Fiocruz e a Astrazeneca não sofrerá qualquer alteração. Além do memorando de entendimento, o acordo da encomenda tecnológica já foi assinado eletronicamente pela AstraZeneca, na Inglaterra, e pelo Brasil por meio da Fiocruz. É muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas. O evento ocorrido é natural e precisa ser investigado. A suspensão dos testes é um procedimento de segurança para que o evento adverso seja analisado e assim certificar a segurança e a efetividade da vacina — argumentou Franco.

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