Quatro suspeitos de terem participado da invasão ao Complexo do São Carlos, no Estácio, foram presos por policiais da 14ª DP (Leblon) nessa segunda-feira em uma lanchonete em Copacabana, na Zona Sul do Rio. De acordo com o delegado titular da unidade, Antenor Lopes Martins Júnior, Davi Felippe de Britto Golçalves, 21 anos, vulgo Paquetá, Matheus Fernandes Ferreira, de 27, o Gringo, além de um adolescente de 17 anos, planejavam roubos nos bairros na região.
A 14ª DP investigava e monitorava o grupo, que foi encontrado com drogas. Todos são suspeitos de pertencer à maior facção criminosa do Rio.
Em um áudio encontrado pelos policiais no telefone de Paquetá, o rapaz propõe que um interlocutor saia para praticar roubos. "Vê aí se tu arruma um trem. Tem um carro aqui, uma peça (arma, segundo a polícia). Eu não vou não, se ligou? Mas se tu quiser ir dar uma roubada, tem um carro e tem as peças, mano. Só formar o trem, fechar um túnel", afirma o homem, que segundo a polícia é Paquetá.
Em seguida, ele faz referência a dois comparsas - Claudio Augusto dos Santos, o Jiló, chefe do tráfico no Morros dos Prazeres, e Cosme Roberto dos Santos, Macumba, antigo integrante do tráfico no Morro da Mineira, foragido desde o ano passado: " Só ir lá pegar o carro com o Jiló. Pode pegar. Tá liberado. Só falar que o Macumba pediu para pegar o carro".
Durante a tentativa de invasão no fim do mês passado, da qual o grupo é suspeito de participar, o objetivo era retomar o Morro da Mineira, antigo reduto da maior facção criminosa do Rio. Informações da Polícia Civil são de que traficantes saíram de comunidades como Rocinha, Pavão-Pavãozinho, Complexos do Alemão e da Penha para tentar assumir o controle da favela. Na ocasião, criminosos armados trocaram tiros com policiais na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio.
Em outro vídeo encontrado no celular de Paquetá, o suspeito ironiza a vista no alto de de uma comunidade. “Muito lindo o Rio de Janeiro, aqui da terra dos alemão (sic)”, diz ele. Alemão, na gíria do tráfico, são criminosos de facções rivais.
Gringo, um dos presos, é um brasileiro, oriundo de Niterói, que morava em Orlando, na Flórida. Ele também aparece armado com um fuzil em um vídeo encontrado em um dos celulares apreendidos.
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