RIO - A Justiça do Rio negou, nesta quarta-feira, o pedido de liberdade dos filhos da deputada federal Flordelis. Marzy Teixeira, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Francisco, três dos acusados de matar o marido da parlamentar, Anderson do Carmo, seguirão custodiados.
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A decisão é da juiza Nearis dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói, que argumenta a manutenção da prisão dos acusados é imprescindível para a continuidade das invesrigações. No texto, a magistrada afirma que é "infactível a fiscalização de proibição de contato entre estes fora da prisão, como medida imprescindível à preservação da instrução criminal". A magistrada também pontua que constam nos autos do processo "indícios de múltiplas tentativas de interferência nas investigações, constrangimento e cooptação de testemunhas, além de falsificação de provas"
A Justiça determina, ainda, que os presos devem permanecer em unidades prisionais diferentes, sem qualque contato entre si. O trio também não poderá ter contato com a mãe adotiva, Flordelis.
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Flordelis, que também é pastora e cantora gospel, é apontada pela polícia como mandante do crime, mas segue em liberdade por ter imunidade parlamentar. Na última terça-feira, ela teve negado um pedido de suspensão de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento noturno. Para a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, tais restrições não impedem o pleno exercício do mandato da parlamentar.
Processo disciplinar
Flordelis também enfrenta um processo disciplinar na Câmara dos Deputados. A corregedoria analisa se houve quebra de decoro parlamentar, que poderia culminar na perda do mandato da deputada. A falta de decoro pode se dar pelo abuso das prerrogativas de parlamentar, recebimento de vantagens indevidas ou praticar irregularidades graves no desempenho do mandato que afetem a dignidade da representação popular.
O corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), afirmou em seu relatório que a deputada não conseguiu provar que não cometeu a infração. O parecer de Bengtson, entregue na quinta-feira, dia 1º, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recomenda a abertura do processo de cassação do mandato de Flordelis.
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