RIO — O Brasil registrou nesta quarta-feira 564 mortes e 47.724 casos de Covid-19. Os números são quase o dobro dos de terça — 204 óbitos e 25.517 infectados pelo novo coronavírus. O salto ocorreu por causa da pela liberação de dados represados do estado de São Paulo, que desde 6 de novembro não divulgava informações completas sobre a doença em seu território. As mortes informadas por SP (190) representam 33,6% das registradas desta quarta, enquanto que os casos (24.936) são 52,2% dos relatados hoje. As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa.
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O Rio de Janeiro, que não apresentava números de mortes desde 7 de novembro, voltou a divulgar. No entanto, Minas Gerais segue sem apresentar dados de óbitos e alega problema em seu sistema.
No total, o país já perdeu 163.406 vidas para a Covid-19 e 5.749.007 pessoas já se infectaram pelo Sars-CoV-2. A média móvel desta quarta-feira foi de 319.
A falta de informações durante a semana afetou diretamente a média móvel, que faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.
Em seu boletim diário, a pasta registrou 48.331 novos casos confirmados e 544 mortes. Os números totais da pandemia não foram atualizados devido a problemas técnicos na rede do Ministério da Saúde. No documento, o Ministério da Saúde afirmou que "os casos e óbitos da publicação de hoje podem não refletir o acumulado de eventos pendentes desde a paralisação dos sistemas de informações oficiais no dia 05/11/20".
'É difícil você voltar ao normal', diz Pazuello sobre Covid-19
Em sua primeira agenda pública após ser diagnosticado com o novo coronavírus o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que ainda não está "completamente recuperado". Segundo ele, a Covid-19 "é uma doença complicada" e é "difícil de voltar ao normal". Nesta quarta-feira, o ministro participou do lançamento da campanha Novembro Azul.
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— Queria agradecer as palavras de carinho pela recuperação, não estou completamente recuperado, é claro. É uma doença complicada. É difícil você voltar ao normal, mas a gente já consegue trabalhar um pouquinho. É o primeiro dia de atividade no trabalho — disse o ministro.
No dia 21 de outubro, logo após ser diagnosticado com a doença, Pazuello participou de uma live com o presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ministro afirmou que estava utilizando vários medicamentos, incluindo a cloroquina, e que havia acordado "zero bala".
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