Irmão de Alcolumbre cai nas pesquisas após apagão no Amapá, mas mantém liderança

BRASÍLIA - Em meio à crise gerada pelo apagão no Amapá, o empresário Josiel Alcolumbre (DEM), irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), caiu nove pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto, passando de 35% para 26%. O ex-senador João Capiberibe (PSB) teve redução de cinco pontos percentuais e chegou a 11%, de acordo com levantamento do Ibope divulgado nesta quarta-feira. As mudanças abriram espaço para que a dentista Patrícia Ferraz (18%), do Podemos, e o médico Dr. Furlan (17%), do Cidadania, crescessem na disputa.

Segundo o Ibope, apesar da queda, Josiel segue em primeiro lugar (26%); seguido por Patrícia (18%); Dr Furlan (17%); Capiberibe (13%); Guaracy (8%); Cirilo Fernandes (7%); e Paulo Lemos (5%). Os demais candidatos possuem 2% ou menos das intenções de voto.

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No auge da crise no Amapá, entre segunda e quinta da semana passada, Josiel Alcolumbre evitou comentar o apagão nas redes sociais. No lugar, compartilhou promessas de campanha como a construção de um elevado e o estimulo ao comércio local, além de lembrar o dia do radialista e falar sobre a importância do acolhimento para mulheres em situação de violência. Ele conta com o apoio do atual prefeito da capital, Clécio Luis (sem partido), e do governador do Amapá, Waldez Goes (PDT).

Somente na última sexta-feira (6), Josiel começou a compartilhar informações sobre a crise no estado. Na primeira delas, reproduziu uma publicação do irmão, Davi, com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Desde terça, Josiel passou a cobrar a responsabilização da empresa Isolux, concessionária responsável pela subestação de energia elétrica no Amapá.

Josiel também intensificou a presença do irmão, Davi, na campanha. Em uma publicação feita ontem, o candidato do DEM escreveu que "só conseguiremos resolver os problemas do Amapá contando com a força que temos em Brasília".

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Em propaganda eleitoral divulgada há uma semana, Davi Alcolumbre diz que está trabalhando em Brasília "pelos recursos fundamentais para Macapá se desenvolver" em conjunto com o atual prefeito de Macapá.

Nos últimos dias, o ex-senador João Capiberibe (PSB) passou a defender o adiamento da eleição. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amapá, no entanto, garante que o pleito será realizado no próximo domingo.

Além disso, Capiberibe intensificou críticas à gestão atual e cobrou Waldez Goes, Davi e Josiel Alcolumbre para que resolvessem o problema da falta de energia com mais agilidade.

- O Amapá tem o presidente do Senado, ainda assim estamos sem energia, sem água e sem comunicação. Se fosse em outro estado do Brasil muito provavelmente essa questão já teria sido resolvida. Pra que serve tanto poder? - questionou Capiberibe.

A candidata Patricia Ferraz, que cresceu cinco pontos percentuais nas pesquisas e está em segundo lugar, também critica a atual gestão.

- Foi incompetência da gestão mesmo !! E aí ??? Muitos sem luz, sem água, sem internet. Com prejuízos! Vamos dar a resposta nas urnas pra essa MÁ POLÍTICA! Vamos tirar todos eles - escreveu nas redes sociais.

Já Dr Furlan, empatado tecnicamente em segundo lugar, comemorou o resultado das pesquisas e afirmou que "Macapá quer mudança".

- As ruas e as pesquisas mostram: Macapá quer mudança. Vamos pro segundo turno e vamos ganhar, com a força do povo de Macapá - disse.

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