BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro voltou a citar que dará "cartão vermelho" para os que falarem sobre Renda Brasil no governo. Segundo o presidente, ele não quer "mais conversa" sobre o programa assistencial pensado para substituir o Bolsa Família. Em contrapartida, disse que quer aumentar o valor médio do programa em vigor.
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— Você deve ter ouvido há poucas semanas, um mês aproximadamente, que quem falar em Renda Brasil eu vou dar cartão vermelho. Não quero mais conversa. É Bolsa Família. São as pessoas necessitadas que precisam desse recurso que, em média está em R$ 190. E eu tenho falado para a equipe econômica: vamos tentar aumentar um pouquinho isso daí — disse, em entrevista à Band.
Em seguida, Bolsonaro também negou a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial, como parte do Congresso defende. O presidente disse que um eventual desequilíbrio das contas públicas pode provocar inflação.
Ele também pediu que não houvesse mais lockdowns no Brasil, em decorrência da Covid-19, para preservar a economia do país.
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— Auxílio emeregencial o próprio nome diz: emergencial. Nós não podemos ficar sinalizando em prorrogar, prorrogar, prorrogar... Nós fizemos por cinco meses, prorrogamos por mais quatro meses ou cinco de R$ 300 e acaba em dezembro. Eu sei que é pouca coisa, mas que tem ajudado — disse, acrescentando:
— A União, Datena, é igual a você. Você tem uma capacidade de endividamento. Tem uma hora que o seu Manel lá da padaria diz: "Datena, não vendo mais fiado para você". E daí tudo se desequilibra na sua casa.
Bolsonaro disse também que seria "muito fácil" pedir ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para estender o benefício pensando na eleição de 2022, mas ele tem que pensar no Brasil.
— É muito fácil eu, como chefe do Executivo, falar com o Paulo Guedes para arranjar uma maneira de prorrogar, prorrogar, prorrogar, que a eleição está no papo em 2022 se eu vier candidato, mas não é isso, não posso pensar em mim, mas no Brasil — declarou.
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