Pfizer e Butantan estão 'nas mesmas condições', diz secretário executivo do Ministério da Saúde

BRASÍLIA — O secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, afirmou nesta quinta-feira que a Pfizer e o Instituto Butantan estão nas "mesmas condições" em relação ao estágio de trativas com o governo. Ele disse ainda que é "leviano" falar em data para início da vacinação.

O Ministério da Saúde assinou, na última quarta-feira, um memorando de entendimento com a Pfizer para aquisição de 70 milhões de doses da vacina contra Covid-19. O memorando é uma fase prévia à compra da vacina. O cronograma estabelece a chegada de 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e 61,5 milhões no segundo semestre.

O secretário executivo afirmou ainda que assinatura do memorando com a Pfizer a coloca nas "mesmas condições" que o Instituto Butantan.

— O calendário fica indefinido, (não é possível) afirmar uma data uma vez que não tenho registro, por isso foi feito memorando de entendimento com a Pfizer, como já ocorreu com o Instituto Butantan e estamos em negociação com outros. Assim que houver o registro poderíamos adquirir a vacina mesmo que para uso emergencial. Lembrando que o uso emergencial é caráter específico- afirmou Franco, acrescentando:

— Butantan e Pfizer estão nas mesmas condições, tem memorando de entendimentos. Em havendo registro ou autorização para uso emergencial poderão ser inseridas no Plano Nacional de Imunização.



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O secretário executivo da pasta, Élcio Franco, não detalhou qual o valor acordado para o pagamento dessas doses. Segundo ele, como se trata de um memorando de entendimento, a informação é sigilosa.

De acordo com Franco, a Pfizer ofereceu ao Ministério auxílio na logística de distribuição da vacina, tanto com o transporte como para armazenamento em caixas térmicas capazes de guardar a vacina por 30 dias. Cada caixa, segundo Franco, tem capacidade para armazenar 5 mil vacinas.

— A caixa térmica da Pfizer já está garantindo conservação por 30 dias, eles se ofereceram para ajudar na logística, fazendo chegar nos pontos de vacinação — afirmou Franco.

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Embora o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, tenha mencionado a possibilidade de iniciar a vacinação em dezembro ou janeiro, o secretário executivo afirmou que seria "leviano" estabelecer uma data.

— Seria leviano transmitir a qualquer brasileiro uma data correta para iniciar a vacinação, uma vez que nenhuma delas (das vacinas) têm registro. Tendo o registro poderemos iniciar a vacinação na população brasileira.

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