RIO - O atual coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Rio, Eduardo El Hage, venceu nesta sexta-feira a eleição interna do Ministério Público Federal (MPF) do Rio para o cargo de coordenador do futuro Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A vitória ocorreu por 50 votos a seis contra o procurador da República Eduardo Benones Oliveira, único concorrente de El Hage na disputa.
Entenda:Força-tarefa da Lava-Jato do Rio será encerrada em abril
O “Gaeco federal”, como tem sido chamado o grupo, será responsavel por absorver os trabalhos da Lava-Jato fluminense, cujo encerramento acontecerá em abril.
A nova equipe especializada terá oito vagas, ocupadas a partir de inscrições que serão abertas nos próximos dias para os procuradores interessados em integrá-la. Feitas as inscrições, El Hage montará a equipe e submeterá os nomes ao Colégio de Procuradores do Rio de Janeiro. Depois, eles serão encaminhados ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para a nomeação.
Tanto El Hage como Benones têm um perfil considerado rigoroso no combate à criminalidade e são respeitados por seus pares. A votação agitou os bastidores do MPF do Rio. Na quarta-feira, os dois participaram de um debate para expor suas ideias a respeito do Gaeco e do futuro das investigações da Lava-Jato.
Patrimônios: Lava-Jato acumulou mais de 200 obras de arte apreendidas
Agora eleito, El Hage definirá qual será o formato da Lava-Jato do Rio dentro do Gaeco. Esse novo modelo foi escolhido pela atual gestão da Procuradoria-Geral da República (PGR) para substituir a força-tarefa, alvo de críticas por parte de Aras.
Como O GLOBO mostrou essa semana, a principal dificuldade dos Gaecos é ter uma estrutura escassa com pouca equipe de servidores para apoio e sem dedicação exclusiva para seus membros.
0 Commentaires