Fiocruz recebe primeiro carregamento de ingrediente ativo de vacina contra a Covid-19

RIO - A Fiocruz recebeu na noite deste sábado (6) o primeiro lote de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para fabricação da vacina contra Covid-19 da Universidade de Oxford/AstraZeneca.

O carregamento de 90 litros do insumo, que saiu de Xangai na quinta-feira à noite, chegou no final da tarde no Aeroporto do Galeão, no Rio, e seguiu em caminhão refrigerado para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).

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Com este lote, a Fiocruz deve produzir 2,8 milhões de doses da vacina, que deve ser suficiente para imunização de 1,4 milhão de pessoas (a vacina requer duas dosagens por pessoa).

A Fiocruz afirma que deve receber IFA para produzir ainda mais 12,3 milhões de doses em fevereiro deste ano. A meta da fundação é conseguir produzir 100 milhões de doses de vacina até julho. No segundo semestre, a expectativa é que Manguinhos já tenha conseguido dominar a tecnologia para produzir o IFA da vacina em território nacional, somando mais 110 milhões de doses.

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Os primeiros 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca, que começaram a ser aplicados, chegaram prontos da Índia em 22 de janeiro.

A chegada do caminhão com o primeiro carregamento de IFA do imunizante foi presenciado pelaa presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, e pelo o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, que receberam os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.

O IFA da vacina Oxford/AstraZeneca é essencialmente um concentrado de vírus modificados, que desencadeiam a imunização nas pessoas expostas a eles. O material biológico que compõe essa vacína é um adenovírus alterado para conter uma proteína do coronavírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

Em Manguinhos, as instalações fazem o trabalho de diluição, agregação de outros igredientes, envase da vacina em ampolas e controle de qualidade para depois que sigam para distribuição.

O ministério da Saúde afirma que deve contar com 354 milhões de doses de vacinas garantidas em 2021, o que seriam suficientes para vacinar 83% da população com duas doses. A vacina Oxford/AstraZeneca deve ser aquela mais distribuída (212,4 milhões de doses no total), seguida da CoronaVac (100 milhões de doses) e além de de um lote cuja variedade de vacina ainda não foi confirmada (42,5 milhões de doses), a ser fornecido pelo consórcio Covax, articulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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