Mais um membro do Proud Boys é preso nos EUA, e Canadá lista grupo de extrema direita como terrorista

WASHINGTON — O Departamento de Justiça dos EUA prendeu um importante membro do grupo de extrema direita Proud Boys nesta quarta-feira, acusando-o de ter participado do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Donald Trump tentaram impedir a certificação da vitória de Joe Biden pelo Congresso.

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Os promotores disseram que Ethan Nordean, de 30 anos, também conhecido como Rufio Panman, pode pegar até 20 anos de prisão se for condenado sob a acusação de impedir um processo oficial do governo. Ele também enfrenta outras acusações, incluindo ajudar e ser cúmplice de um crime.

Nordean é o autoproclamado "Sargento de Armas" dos Proud Boys em Seattle, um grupo extremista que se descreve como uma "organização fraternal pró-Ocidente para homens que se recusam a pedir desculpas por criar o mundo moderno", disseram os promotores.

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Nordean foi preso poucas horas depois de o Canadá incluir os Proud Boys em sua lista de entidades terroristas, dizendo que representava uma ameaça de segurança ativa e que desempenhou um "papel fundamental" no ataque do mês passado ao Capitólio dos EUA, que deixou cinco pessoas mortas.

Embora os Proud Boys nunca tenham armado um ataque no Canadá, o ministro da Segurança Pública, Bill Blair, disse que as forças de inteligência domésticas estão cada vez mais preocupadas com o grupo.

— Tem havido uma escalada de violência séria e preocupante, não apenas retórica, mas atividade e planejamento, e é por isso que respondemos como o fizemos hoje — disse ele em entrevista coletiva, sem dar mais detalhes.

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Os ativos do grupo agora podem ser congelados por bancos e instituições financeiras, e qualquer pessoa pertencente ao grupo pode ser impedida de entrar no Canadá. O fundador do Proud Boys, Gavin McInnes, é um canadense que mora nos Estados Unidos.

Fundado em 2016, os Proud Boys começaram como uma organização que protestava contra o politicamente correto e contra as restrições à masculinidade nos Estados Unidos e no Canadá, e se tornou um grupo que abraçou a luta de rua.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, questionado em setembro passado se denunciaria os supremacistas brancos e grupos de milícias, apenas pediu aos Proud Boys que "recuem e fiquem parados".

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