Em meio ao conflito com o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, ofensivas aéreas israelenses destruíram prédios no enclave que sediam mais de uma dúzia de veiculos de comunicação locais e internacionais, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Os ataques destruíram os edifícios al-Jawhara e al-Shorouk. Segundo o CPJ, que cita fontes locais, moradores do al-Jawhara foram notificados para deixarem o prédio antes da ofensiva, enquanto aviões dispararam dois tiros de aviso no al-Shorouk antes de destruir o local.
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O conflito já deixou mais de 100 palestinos mortos na Faixa de Gaza, incluindo 28 crianças, e outras sete vítimas em Israel, sendo uma delas um menino de cinco anos.
O comitê, que fez o levantamento baseado em notícias e informações de sindicatos de jornalistas, disse que não conseguiu confirmar se algum jornalista morreu ou ficou ferido nos ataques. A BBC, por outro lado, disse que ocorreram mortes de civis que não foram identificados no al-Jawhara.
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No al-Jawhara, ficavam a emissora al-Arabya TV, o jornal Felestin, a emissora iraquiana al-Etejah TV — afiliada às Brigadas do Hezbollah —, a emissora pró-Fatah al-Kofiya TV, a emissora da Jordânia al-Mamlaka, o jornal pró-Hamas Sabq24 News Agency, o site de notícias al-Bawaba 24, a produtora Watnia News Agency e o Fórum de Jornalistas Palestinos.
Segundo o Sindicato de Jornalistas Palestinos e outros relatórios, a emissora al-Nujaba TB, a emissora estatal Syria TV e a agência de fotos local APA Images também eram sediadas no edifício. No entanto, o comitê não encontrou nenhuma informação publicada por esses veículos relacionada ao ataque.
No ataque, o escritório da emissora al-Jazeera, que fica próximo do edifício al-Jawhara, também foi danificado.
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Já o edifício al-Shorouk sediava os escritórios da emissora filiada ao Hamas al-Aqsa TV, da também filiada ao Hamas al-A1sa Radio, a PMP, a emissora pró-Hamas al-Quds Today e o jornal filiado à Autoridade Nacional Palestina al-Hayat al-Jadida.
Depois do CPJ publicar o levantamento, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que os militares israelenses agiram dentro da lei internacional e fizeram "todos os esforços" para minimizar os danos a civis.
Além disso, afirmaram que atacaram o edifício al-Jawhara porque lá ficavam os escritórios militar e de inteligência do Hamas, incluindo "o departamento de relações públicas do braço miltar [do grupo]". No al-Shorouk, segundo Israel, ficavam baseados escritórios da inteligência do Hamas e "estruturas utilizadas por organizações terroristas para comunicar informações táticas e militares".
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