EUA fazem ataques contra milícias pró-Irã na fronteira entre Iraque e Síria

WASHINGTON — Os EUA realizaram três ataques aéreos contra posições de milícias apontadas como “pró-Irã” na fronteira do Iraque com a Síria, em uma ação autorizada pelo presidente Joe Biden em resposta ao que o Pentágono afirmou ser “ações contra interesses americanos no Iraque''.

De acordo com um comunicado divulgado na noite deste domingo pelo Departamento de Defesa, os bombardeios tinham como alvo instalações operacionais e depósitos de armas de milícias no Iraque e na Síria, além de servirem como base para o lançamento de drones. O texto, assinado pelo porta-voz, John Kirby, nomeia as milícias Kata’ib Hezbollah e Kata’ib Sayyid al-Shuhada, ambas acusadas de terem o apoio militar e financeiro de Teerã.

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“Como ficou claro com os ataques desta noite, o presidente Biden deixou claro que ele vai agir para proteger o pessoal dos EUA. Diante da série de ataques de grupos apoiados pelo Irã contra interesses americanos no Iraque, o presidente ordenou novas ações militares para atrapalhar e impedir esses ataques”, afirma o comunicado. “Os EUA usaram ações necessárias, apropriadas e deliberadas para limitar o risco de escalada, mas também para mandar uma mensagem de dissuasão clara e direta.”

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Esta foi a segunda ação direta ordenada por Biden contra milícias ligadas ao Irã desde sua chegada ao cargo — na primeira, em fevereiro, os alvos foram instalações apontadas como bases dos grupos na Síria. Segundo analistas, as milícias estão deixando de lado armamentos simples, como os foguetes Katyusha, e usando equipamentos mais modernos, que foram capazes de superar os sistemas de defesa americanos.

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O apoio iraniano às milícias, em especial no Iraque, é um dos pontos mais tensos em iniciativas diplomáticas envolvendo o Irã, incluindo as conversas para o retorno dos EUA ao plano internacional sobre o programa nuclear iraniano, abandonado por Washington em 2018. Além dos americanos, as monarquias do Golfo, como a Arábia Saudita, além de forças políticas no Iraque veem os grupos como elementos de desestabilização política e de segurança, e os consideram como ferramentas militares de Teerã fora de suas fronteiras.

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