País passará por racionamento de energia para evitar apagão durante crise hídrica, diz Lira

BRASÍLIA - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira que o Brasil vai ter que passar por um racionamento de energia para evitar um apagão decorrente da crise hídrica.

Segundo Lira, o assunto foi debatido em uma reunião na semana passada com o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque. O parlamentar afirmou que a medida deve ser “educativa”.

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— O ministro Bento esteve comigo fazendo uma análise do cenário e garantiu que não vamos ter nenhum tipo de problema de apagão, mas vamos ter que ter um período educativo de algum racionamento, para não ter nenhum tipo de crise maior — afirmou o deputado, após o lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto.

O país passa por uma crise histórica por causa da falta de chuvas, que levou o nível de reservatórios estratégicos para a geração em usinas hidrelétricas a níveis críticos.

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O cenário fez o governo recorrer a outras fontes para manter a geração energética, principalmente o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes. O MME tem negado o risco de apagão.

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— Estamos com problema de chuvas, isso é claro, e o Brasil precisa urgentemente, como foi feito na MP da Eletrobras, arrumar alternativas mais baratas do que as termelétricas a combustível, não tão baratas quanto eólica e solar. Todos vocês sabem que energia eólica e solar são alternativas, elas não são energias de base, porque à noite não temos energia solar e quando falta vento não temos energia eólica. Precisamos de energia de base como alternativa para suportar o crescimento que o Brasil — disse Lira.

Nesta segunda-feira, o Congresso concluiu a votação da medida provisória (MP) que autoriza a privatização da Eletrobras. Segundo o presidente da Câmara, o texto deve ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro sem vetos.

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— O PL (projeto de lei de conversão, nome técnico para a MP em tramitação no Congresso) tramitou com o apoio total do governo.O texto da Câmara foi consensuado com o governo. No texto do Senado, o que o governo não concordou o relator retirou e a Câmara manteve. Então, a expectativa é passar absolutamente sem nenhum veto — disse Lira.

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