É falso que ex-primeiro-ministro japonês rejeitou vacinas e foi a favor da ivermectina

São falsas postagens no Twitter e Facebook afirmando que o ex-primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, assassinado em 8 de julho, não apostou nas vacinas contra a Covid-19 -tendo devolvido 1,6 milhão doses- e optou pela distribuição de ivermectina, medicamento sem eficácia comprovada no combate ao coronavírus, para a população. As publicações sugerem que ele foi morto por ter preferido o remédio antiparasitário no combate à pandemia.

Porém, o político já não ocupava mais o cargo de premiê japonês quando a vacinação teve início no país, em 17 de fevereiro de 2021. Ele anunciou que renunciaria em agosto de 2020, por problemas de saúde -ele deixou o cargo oficialmente em setembro daquele ano.

Sobre o país ter devolvido vacinas, o que ocorreu foi que, em agosto de 2021, o governo japonês suspendeu a aplicação de 1,6 milhão de doses da Moderna por ter encontrado impurezas nos frascos. À época, o chefe do gabinete do governo do Japão, Katsunobu Kato, afirmou que "nenhum caso foi relatado em que tenha havido efeitos secundários relacionados a isso".

O político foi assassinado em 8 de julho após ser baleado durante discurso em campanha eleitoral. A polícia do país afirmou que o atirador culpava Abe por suposta ligação com uma organização para a qual sua mãe fez doações financeiras, causando problemas à família.

À reportagem, a Embaixada do Japão no Brasil afirmou que o país recomenda que a população se vacine e que não determinou o uso da ivermectina como tratamento para a Covid-19. O órgão ressaltou ainda que não há, até o momento, nenhum processo de aprovação do medicamento contra o vírus.

O site do Ministério da Saúde do país asiático enfatiza que as vacinas aprovadas, Astrazeneca, Moderna, Novavax e Pfizer, são eficazes no combate à pandemia.

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