Petrobras vende 10% da TAG por R$ 1 bilhão para Engie e CDPQ

RIO - A Engie, empresa privada de energia na área de geração e transmissão, e a CDPQ (Caisse de dépôt et placement du Québec),compraram os 10% remanescentes na TAG (Transportadora Associada de Gás) que estavam com a Petrobras. O valor da transação chegou a R$ 1,006 bilhão.

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Com essa aquisição, a participação acionária total da Engie na TAG aumenta para 65% (dos quais 32,5% pertencem à ENGIE Brasil Energia), enquanto a CDPQ detém os demais 35%. A TAG possui a mais extensa malha de transporte de gás natural do Brasil, com uma infraestrutura de gasodutos de aproximadamente 4.500 km, localizada ao longo de parte do litoral Sudeste e do litoral Nordeste do país, além de um trecho que liga Urucu a Manaus (AM), na região Norte. A companhia também pretende vender seus campos em terra até o fim de 2021

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Em comunicado, as enmpresas informaram que a capacidade comercial de transporte de gás da malha da TAG está plenamente contratada com a Petrobras com base em cláusulas ship-or-pay com prazo residual médio de vigência de 11 anos. "Depois desse período, a TAG estará sujeita a ciclos de revisão tarifária e mecanismos de contratação, tal como previsto na legislação atual e regulamentação aplicável para ativos de infraestrutura regulados", disse a Engie em nota.

Mauricio Bähr, presidente da Engie Brasil, disse que o investimento tem foco no longo prazo. "A aquisição dos 10% remanescentes da TAG demonstra nossa confiança no Brasil e está alinhada com nossas metas estratégicas de crescimento em renováveis, ativos de infraestrutura e soluções para cidades, empresas e territórios”, disse a companhia.

A Petrobras também vai se desfazer dos 10% adicionais na NTS, controlada pelo consórcio formado por Brookfield, British Columbia Investment e Itausa, dona de gasodutos no Rio, São Paulo e Minas Gerais. Procuradas, as empresas não comentaram.

A estatal também está vendendo sua participação de 51% na TBG (Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil), dona do Gasbol, o Gasoduto Bolívia-Brasil.

Mas as divergências entre a Petrobras e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) em relação às tarifas de transporte do gás natural estão dificultando o processo de venda.

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