Brasil ultrapassa 104 mil mortes por Covid-19, mostra consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil ultrapassou a marca de 104 mil mortes causadas pela Covid-19 nesta quarta-feira. Nas últimas 24 horas foram registrados 1.164 óbitos, elevando para 104.263 o número de vidas perdidas para a doença. O país registrou também 58.081 novos casos de coronavírus, totalizando 3.170.474 infectados.

Consulte: Veja aqui como está a situação do coronavírus no seu estado

Quase metade das mortes (49%) contabilizadas desde as 20h de terça-feira ocorreram na região Sudeste. O Nordeste vem em seguida com 17%, o Centro-Oeste com 15%, o Sul com 13% e o Norte com 6%.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

São três boletins diários. O próximo será liberado às 8h de quarta-feira. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Tratamento: Anvisa não foi consultada por governo e nem avaliou segurança da cloroquina contra Covid-19

A pasta informou, na noite desta quarta-feira, que foram registrados 55.15 novos casos de Covid-19 e 1.175 mortes pela doença, das quais 555 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chega a 3.164.785 infectados e 104.201 óbitos provocados pela doença. Ainda de acordo com o boletim, há 3.454 mortes em investigação.

Ministério da Saúde diz que vai adotar vacina que 'chegar primeiro com eficácia comprovada'

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou que a pasta pretende usar a primeira vacina que se mostrar eficiente e segura contra o novo coronavírus. Segundo ele, o fato de o governo federal ter fechado parceria com a imunização de Oxford não exclui as outras opções.

Entrevista: 'Pessoas suscetíveis que estavam em distanciamento social e agora voltam a sair estão mais vulneráveis que nunca'

— A preferência de adoção é a que chegar primeiro com eficácia e efetividade comprovada — disse.

— Se tem 3, 4, 5, 15 opções de vacina, e essas 15 ajudarem o nosso povo, o governo vai atrás das 15. Não há problema nenhum no fato de ter um acordo com um determinado parceiro que nós fechemos acordo com outros. Não há impedimento nesse aspecto.

Nesta quarta-feira, o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, afirmou que o governo do Paraná já assinou um memorando de entendimento com o governo russo e que um grupo de trabalho começará as "tratativas técnicas" para aquisição e produção da vacina anunciada nesta semana pela Rússia, a primeira contra a Covid-19 e recebida com ressalvas pela comunidade científica.

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, atribuiu nesta quarta-feira as críticas ao cronograma e à transparência dos ensaios clínicos da vacina Sputnik V, registrada ontem como um imunizante contra a Covid-19, à "competição" de países e farmacêuticas concorrentes. Murashko rejeitou as críticas levantadas por especialistas de diferentes partes do mundo quanto ao prazo dos ensaios clínicos, considerado muito curto para garantir sua segurança e eficácia, e o baixo número de voluntários.

— Parece que nossos colegas estrangeiros estão vendo as vantagens competitivas específicas do medicamento russo e estão tentando expressar opiniões que, em nossa visão, são completamente sem fundamento — disse o ministro da Saúde russo.

Equipe do Ministério da Saúde visitará Instituto Butantan para reunião sobre vacina chinesa

Uma equipe do Ministério da Saúde participará de uma reunião nesta quinta-feira no Instituto Butantan sobre a vacina chinesa em teste em São Paulo. O encontro foi solicitado pelo governo paulista.

O governador João Doria, que testou positivo para o novo coronavírus nesta quarta-feira, tem prometido para janeiro o início da vacinação no estado caso os testes em andamento em humanos sejam bem-sucedidos. Para iniciar a imunização, entretanto, São Paulo precisa de autorização da Anvisa, do governo federal.

Enregistrer un commentaire

0 Commentaires