Brasil ultrapassa 106 mil mortes por Covid-19, mostra consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil ultrapassou a marca de 106 mil vidas perdidas para o novo coronavírus nesta sexta-feira. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.007 mortes em decorrência da Covid-19, elevando para 106.571 o número total de óbitos. O país contabilizou também 49.274 novos casos da doença, totalizando 3.278.895 de infectados.

Consulte: Veja aqui como está a situação do coronavírus no seu estado

O país apresentou uma média móvel nos últimos 7 dias de 981 óbitos. Assim, o país segue com tendência de estabilidade nas mortes. A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Seis estados estão com tendência de alta no país: Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Santa Catarina e Tocantins. A maioria dos estados, assim como o Distrito Federal apresentam estabilidade, totalizando 11 unidades federativas: Amapá, Espírito Santo, Goiás, Para, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo. Os outros dez estados brasileiros demonstram queda no número de óbitos: Acre, Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

São três boletins diários. O próximo será liberado às 8h de sábado. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Dados da pasta divulgados na noite desta sexta-feira indicam que o Brasil registrou 50.644 novos casos de Covid-19, além de 1.060 mortes provocadas pela doença, das quais 470 ocorreram nos últimos três dias. Com isso, o país chega a 3.275.520 infectados e 106.523 óbitos. Há ainda 3.370 mortes em investigação.

Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo

São Paulo é o estado com mais casos do novo coronavírus: são 686.122 até o momento. Seguido por Bahia (210.993), Ceará (196.144), Rio de Janeiro (189.891) e Pará (175.608). Em relação às mortes, São Paulo também aparece na frente, com 26.613 óbitos. Depois vêm Rio de Janeiro (14.507), Ceará (8.123), Pernambuco (7.111) e Pará (5.924).

Governo de SP defende que a melhor vacina para a Covid-19 é a que chegar primeiro

Um dia depois do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, apontar preferência do governo federal pela vacina inglesa de Oxford contra o novo coronavírus, o governo de São Paulo defendeu nesta sexta-feira que a melhor vacina será aquela que ficar pronta primeiro. Em resposta ao auxiliar do presidente Jair Bolsonaro, o vice-governador Rodrigo Garcia disse que todos deveriam aguardar a "ciência dar a palavra final".

– Acho que a melhor vacina é aquela que tem eficácia e que chegue primeiro. O Butantan que está fazendo a fase 3 dos testes, até agora, com resultados muito promissores. Com toda a responsabilidade vamos aguardar a ciência dar a palavra final – afirmou Garcia, que desde quarta-feira substitui o governador João Doria, diagnosticado com Covid-19, nas entrevistas diárias sobre a pandemia.

Maioria dos médicos da Rússia não confia em vacina registrada pelo governo, diz pesquisa

A maioria dos médicos russos não se sentiu confortável em receber doses da vacina Sputnik V, registrada pela Rússia na última terça-feira como uma fórmula eficaz e segura contra a Covid-19. A conclusão é de um estudo divulgado nesta sexta-feira que ouviu 3.040 médicos e profissionais da saúde. A celeridade dos ensaios clínicos do imunizante é encarada com ceticismo pela comunidade científica.

O levantamento foi feito por meio do aplicativo Foundation Doctor's Handbook, usado para fins de pesquisa com informações anonimizadas. A pesquisa, repercutida pelo jornal russo RBC Daily, concluiu que 52% deles não se sentem confortáveis para serem vacinados. O governo prevê que a imunização comece já no fim deste mês em profissionais de saúde.

A Sputnik V foi testada em apenas 38 voluntários antes de receber o registro oficial do governo russo. A despeito do ceticismo de cientistas, diferentes governos estrangeiros manifestaram interesse na fórmula. No Brasil, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), firmou um acordo com a Rússia que prevê a distribuição e produção do imunizante no estado caso a fórmula seja capaz de brecar o novo coronavírus.

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