Brasil ultrapassa 107 mil mortes por Covid-19, mostra consórcio de veículos de imprensa no boletim das 20h

RIO — O Brasil ultrapassou 107 mil vidas perdidas para o novo coronavírus neste sábado. Nas últimas 24 horas, foram registradas 726 mortes em decorrência da Covid-19, elevando para 107.297 o número total de óbitos. Com mais 38.937 casos nas últimas 24 horas, o país tem 3.317.832 de infectados.

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O país apresentou uma média móvel nos últimos 7 dias de 965 óbitos. Assim, o Brasil segue com tendência de estabilidade nas mortes. A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Seis estados estão com tendência de alta: Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Tocantins. A maioria dos estados, assim como o Distrito Federal apresentam estabilidade, totalizando nove unidades federativas: Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e São Paulo. Os outros 12 estados brasileiros demonstram queda no número de óbitos: Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe.

As informações são do boletim das 20h do consórcio de veículos de imprensa, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Dados da pasta divulgados na noite deste sábado mostram que o Brasil registrou 41.576 novos casos de Covid-19, além de 709 novas mortes registradas pela doença. Com isso, o país chega a 3.317.096 infectados e 107.232 óbitos no total.

Infográfico: Números do coronavírus no Brasil e no mundo

Produção de vacina

A Rússia já começou a produção do primeiro lote de sua vacina para a Covid-19, segundo informou o Ministério da Saúde russo neste sábado. Sob desconfiança da comunidade internacional, o insumo "Sputnik V", feita pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, é a aposta do governo do país para chegar à frente na corrida por um imunizante contra o novo coronavírus.

A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra a Covid-19, que já matou mais de 760 mil pessoas no mundo e contaminou mais de 21 milhões. O país, no entanto, não apresentou ensaios clínicos sobre a eficácia e a segurança do insumo. Especialistas de vários países, como Anthony Fauci, um dos principais epidemiologistas dos EUA, dizem temer que, com essa rápida aprovação regulatória, Moscou esteja colocando o prestígio nacional antes da segurança em meio à corrida global para desenvolver uma vacina contra a doença.

Sua aprovação vem antes de testes que normalmente envolveriam milhares de participantes, comumente conhecidos como Fase III. Esses ensaios são geralmente considerados precursores essenciais para garantir aprovação regulamentar. Pesquisa divulgada na última terça mostrou que a maioria dos médicos russos não se sentiria confortável em receber doses da vacina.

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